ATA DA NONAGÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA PRIMEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 20-10-2005.
Aos vinte dias do mês de outubro do ano de dois mil
e cinco, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e seis minutos, foi realizada a
segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Carlos
Comassetto, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Elias Vidal, Elói Guimarães,
Ervino Besson, Ibsen Pinheiro, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Mario
Fraga, Maristela Maffei e Nereu D'Avila. Constatada a existência de quórum, o Senhor
Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram
os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo
Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cássia Gomes, Dr. Goulart,
Gerson Almeida, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, Luiz Braz, Margarete
Moraes, Maristela Meneghetti, Maurício Dziedricki, Mauro Pinheiro, Mônica Leal,
Paulo Odone, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados:
pelo Vereador Aldacir Oliboni, os Pedidos de Providências nos 2361 e
2410/05 (Processos nos 5943 e 6044/05, respectivamente); pelo
Vereador Carlos Comassetto, o Pedido de Providências nº 2413/05 (Processo nº
6051/05); pelo Vereador Carlos Todeschini, o Pedido de Providências nº 2444/05
(Processo nº 6130/05) e o Pedido de Informações nº 259/05 (Processo nº
6046/05); pelo Vereador Elói Guimarães, o Projeto de Resolução nº 138/05 (Processo
nº 6100/05); pelo Vereador Ervino Besson, os Pedidos de Providências nos
2454 e 2463/05 (Processos nos 6150 e 6166/05, respectivamente); pelo
Vereador João Carlos Nedel, os Pedidos de Providências nos 2431,
2432, 2433, 2434 e 2435/05 (Processos nos 6102, 6103, 6104, 6105 e
6117/05, respectivamente) e o Projeto de Lei do Legislativo nº 285/05 (Processo
nº 6116/05). Também, foi apregoado o Ofício nº 371/05, do Senhor Prefeito
Municipal de Porto Alegre, encaminhando Mensagem Retificativa ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 005/05 (Processo nº 5455/05). Do EXPEDIENTE,
constou o Ofício nº 163033/05, do Senhor José Henrique Paim Fernandes,
Presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. Na ocasião,
constatada a existência de quórum, foram aprovadas as Atas da Septuagésima
Nona, Octogésima e Octogésima Primeira Sessões Ordinárias e da Quadragésima
Segunda, Quadragésima Terceira e Quadragésima Quarta Sessões Solenes. A seguir,
em face de Questão de Ordem e manifestação formuladas pelo Vereador Claudio
Sebenelo, o Senhor Presidente prestou informações acerca da regimentalidade da
denominação coletiva de ruas da Cidade, bem como dos temas pertinentes a essas
denominações. Ainda, foi apregoado Requerimento de autoria do Vereador Márcio
Bins Ely, solicitando Licença para Tratamento de Saúde de hoje ao dia vinte e
três de outubro do corrente, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na
vereança o Suplente DJ Cassiá Gomes, informando que Sua Excelência integrará a
Comissão de Constituição e Justiça. Em continuidade, o Senhor Presidente
concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao Senhor Fernando Molinos Pires Filho,
representando o Sindicato dos Odontologistas no Estado do Rio Grande do Sul –
SOERGS, que divulgou a 4ª Semana Estadual de Promoção da Saúde Bucal, a ocorrer
de vinte e três a vinte e nove de outubro do corrente, avaliando os serviços de
saúde bucal a que tem acesso a população brasileira. Sobre o tema, abordou a
importância do Poder Público para que seja garantido um atendimento de qualidade
à população, frisando que a defesa da saúde bucal integra os movimentos em prol
de uma sociedade mais igualitária. Na ocasião, nos termos do artigo 206 do Regimento,
os Vereadores Mônica Leal, Claudio Sebenelo, Carlos Todeschini, Maristela
Maffei, Ervino Besson, Clênia Maranhão, Maurício Dziedricki e Bernardino Vendruscolo,
manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Também, o
Senhor Presidente registrou a presença dos Cirurgiões-Dentistas Rubens Garavello
Machado e Egon Arno Kilian, este representando o Conselho Regional de
Odontologia do Rio Grande do Sul. Às quatorze horas e quarenta e cinco minutos,
os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas
e quarenta e sete minutos, constatada a existência de quórum. A seguir,
constatada a existência de quórum, foi aprovado Requerimento de autoria da
Vereadora Manuela d’Ávila, solicitando Licença para Tratar de Interesses
Particulares no dia de hoje, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na
vereança o Suplente Mauro Pinheiro, informando que Sua Excelência integrará a Comissão
de Educação, Cultura e Esportes. Ainda, foi apregoada Declaração firmada pelo
Vereador Carlos Todeschini, Líder da Bancada do PT, informando o impedimento
dos Suplentes Marcelo Danéris e Guilherme Barbosa em assumirem a vereança no
dia de hoje, em substituição à Vereadora Manuela d’Ávila. Após, o Senhor
Presidente registrou a presença dos Senhores Odailson Almeida Fonseca, membro
da Associação Sul-Rio-Grandense da Igreja Adventista do Sétimo Dia, Moisés Mattos
e Ivan Batista de Souza, membros da Missão Ocidental Sul-Rio-Grandense da
Igreja Adventista do Sétimo Dia, convidando-os a integrarem a Mesa dos
trabalhos e informando que Sua Senhorias se encontram neste Legislativo para
apresentação relativa ao “Projeto Mais Vida”. Em continuidade, o Senhor Presidente
concedeu a palavra ao Vereador Elias Vidal, que, em nome da Casa, saudou os
visitantes. A seguir, foi apresentado audiovisual elaborado pela Igreja
Adventista do Sétimo Dia, relativo à divulgação do “Projeto Mais Vida”. Também,
o Senhor Presidente convidou o Vereador Elias Vidal a proceder à entrega de
Diplomas aos Senhores Odailson Almeida Fonseca e Moisés Mattos, alusivos à
presente solenidade, concedendo a palavra a Suas Senhorias, que discorreram
sobre o potencial transformador encontrado nos jovens e apresentaram dados
referentes ao “Projeto Mais Vida”, campanha de doação de sangue promovida pela
juventude adventista. Ainda, comentaram a presença da Igreja Adventista do
Sétimo Dia no Brasil, afirmando que o compromisso com o próximo, o amor, a
solidariedade e a busca da paz são a base do trabalho desenvolvido pelos integrantes
dessa instituição religiosa. Às quinze horas e vinte e quatro minutos, os
trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e vinte
e cinco minutos, constatada a existência de quórum. A seguir, foi iniciado o
GRANDE EXPEDIENTE, tendo o Senhor Presidente informado que, durante esse
período, seria realizada homenagem ao transcurso do qüinquagésimo aniversário
da Sociedade Helênica em Porto Alegre. Compuseram a Mesa: o Vereador Elói Guimarães,
Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre; o Senhor Alexis Efremides e as
Senhoras Theópi Gregoire Varvakis e Ellen Vranas, respectivamente Presidente do
Conselho Deliberativo, Presidenta da Diretoria Executiva e Secretária e Diretora
Eclesiástica da Sociedade Helênica em Porto Alegre; o Desembargador Ângelo
Maraninchi Giannakos e o Senhor Dimitrius Samios, ex-Pró-Reitor e ex-Diretor do
Instituto de Química da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ainda, como
extensão da Mesa, foram registradas as presenças do Senhor Jean Vardaramatos,
Cidadão Honorário de Porto Alegre, e da Senhora Hellene Vardaramatos. Em GRANDE
EXPEDIENTE, o Vereador Nereu D’Avila citou dificuldades enfrentadas pelos
primeiros gregos que vieram ao Brasil, enfocando a contribuição desses
imigrantes para o crescimento do País. Também, frisando que o apreço às
tradições e à cultura é uma característica do povo grego, saudou a Sociedade
Helênica em Porto Alegre, lembrando que essa entidade há cinqüenta anos vem
sendo local de encontro e confraternização da comunidade grega residente no
Município. Em
continuidade, o Senhor Presidente convidou o Vereador Nereu D’Avila a proceder
à entrega de Diploma alusivo à presente homenagem ao Senhor Alexis Efremides,
concedendo a palavra a Sua Senhoria e à Senhora Theópi Gregoire Varvakis, que agradeceram o
registro, feito pela Casa, relativo ao qüinquagésimo aniversário da Sociedade
Helênica em Porto Alegre. Após, as Senhoras Theópi Gregoire Varvakis e Ellen
Vrana procederam à entrega de Diploma de Mérito Comunitário enviado ao Vereador
Nereu D’Ávila pelo Cônsul Honorário da Grécia em Curitiba, jurisdicionado para
os Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Senhor Constantino
Comninos. Às quinze horas e cinqüenta e cinco minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retomados às quinze horas e cinqüenta e oito minutos,
constatada a existência de quórum. Em GRANDE EXPEDIENTE, a Vereadora Clênia
Maranhão manifestou-se a respeito do Projeto “Governança Local Solidária”,
implantado pelo Governo Municipal, que objetiva potencializar a participação comunitária,
transformando o cidadão em gestor de soluções dos problemas vivenciados pela
sociedade que integra. Finalizando, convidou os Senhores Vereadores para
reunião sobre o assunto, a ocorrer dia vinte e seis de outubro do corrente, no
Centro Administrativo Regional da Rua São Felipe. Em prosseguimento, nos termos
do artigo 94, § 1º, alínea “g”, do Regimento, o Senhor Presidente concedeu
TEMPO ESPECIAL à Vereadora Maristela Maffei, que relatou sua participação, em
Representação Externa deste Legislativo, na Marcha Mundial das Mulheres, realizada
no dia dezessete de outubro do corrente, em São Paulo – Senhor Presidente; em
audiência com a Deputada Luci Choinacki, realizada no dia dezoito de outubro do
corrente, em Brasília – DF; e em reunião da Bancada Gaúcha no Congresso
Nacional, realizada no dia dezenove de outubro do corrente, em Brasília – DF.
Em COMUNICAÇÕES, a Vereadora Mônica Leal pronunciou-se acerca do referendo
popular programado no País para o dia vinte e três de outubro do corrente,
relativo ao artigo 35 da Lei Federal nº 10.826/03. Nesse sentido, declarou que
a conjuntura política atual não é adequada para a realização desse referendo e
que a validação do artigo mencionado representa o desarmamento da população,
sem que ocorra uma contrapartida em termos de melhorias no sistema público de
segurança. O Vereador Ervino Besson cumprimentou o Vereador Elias Vidal pelo
comparecimento, hoje, na Casa, de representantes da Igreja Adventista do Sétimo
Dia, que apresentaram o “Projeto Mais Vida”. Também, criticando as pichações
observadas em prédios da Cidade, propugnou por medidas rigorosas do Poder Público
e por maior participação dos porto-alegrenses para que essa prática seja
coibida e punidos os responsáveis por danos ao patrimônio público e privado de
Porto Alegre. O Vereador Claudio Sebenelo, discursando acerca da importância
cultural dos monumentos da Cidade, repudiou os atos de vandalismo contra as
obras que compõe o conjunto arquitetônico de Porto Alegre e registrou que o
Instituto de Educação General Flores da Cunha foi pichado nos primeiros dias
após sua pintura geral. Ainda, lamentou que a arte tenha de ficar restrita a
salas fechadas, em função da depredação que ela sofre quando exposta em locais
públicos. O Vereador João Carlos Nedel referiu-se ao problema das pichações em
Porto Alegre e discutiu a conduta imprudente de pedestres que desafiam o
trânsito nas ruas da Cidade. Também, criticou a inexistência de quórum para
ingresso na Ordem do Dia na Sessão Ordinária de ontem, comentou reunião realizada
ontem na FEDERASUL e debateu o Projeto de Lei do Legislativo nº 085/05, de sua
autoria, relativo ao uso de pedreiras desativadas para fins turísticos e
culturais. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador João Antonio Dib procedeu à análise
dos trabalhos legislativos do Plenário nesta semana, avaliando a quantidade de
homenagens realizadas na Casa. Em relação ao assunto, questionou a falta de quórum
na Sessão Ordinária de ontem, mencionando que o Comparecimento, por disposição
regimental, não prevê a realização de homenagens e que na próxima semana será
iniciado o período de Pauta Especial. Em COMUNICAÇÕES, a Vereadora Margarete
Moraes manifestou-se favoravelmente à proibição da venda de armas de fogo e
munições no País e refutou críticas feitas às Bancadas que não apóiam o Governo
Municipal pela falta de quórum para ingresso na Ordem do Dia de ontem. Ainda,
discorreu criticamente acerca do Programa de Orçamento Participativo Municipal
e posicionou-se contrariamente ao Projeto de Lei do Executivo sobre a política
salarial dos municipários. O Vereador Mario Fraga afirmou que a Bancada do PT
executou manobra regimental na Sessão Ordinária de ontem para que não houvesse
quórum para ingresso na Ordem do Dia e discutiu matéria do jornal Zero Hora de
hoje, intitulada “Pacientes comemoram mutirões de cirurgias”. Também, destacou
iniciativas do Executivo Municipal em áreas como esporte, cultura e educação,
lembrando que essas ações estão em consonância com o anunciado durante a campanha
eleitoral. Na ocasião, Vereador Aldacir Oliboni manifestou-se a respeito do
encerramento da Sessão Ordinária de ontem, por falta de quórum para ingresso na
Ordem do Dia. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador DJ Cassiá Gomes teceu considerações
sobre a significância da campanha de doação de sangue promovida pela Igreja
Adventista do Sétimo Dia, denominada “Projeto Mais Vida”, lembrada, por
iniciativa do Vereador Elias Vidal, no início da presente Sessão. Também,
registrou sua insatisfação pelo fato de que esta Casa ainda não tenha votado no
dia de hoje Projetos que Sua Excelência considera significativos. A Vereadora
Sofia Cavedon abordou o processo de discussão de Projetos neste Legislativo,
avaliando dificuldades enfrentadas pelos Partidos minoritários para defesa de
posições divergentes das encaminhadas pelo Governo Municipal. Ainda, criticou a
gestão do Prefeito José Fogaça, em especial nas áreas da saúde, saneamento e
educação, e analisou o Projeto de Lei do Executivo nº 026/05, que estima a
receita e fixa a despesa do Município para o exercício do ano de dois mil e
seis. Em prosseguimento, o Vereador Mario Fraga formulou Requerimento verbal,
solicitando a retirada de termos constantes em seu pronunciamento durante o
período de Comunicações, em relação a integrantes do Partido dos Trabalhadores,
o que foi deferido pelo Senhor Presidente. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora
Maristela Maffei contraditou afirmações da Vereadora Clênia Maranhão, em
relação atual gestão do Executivo Municipal, alegando que a Cidade enfrenta
graves problemas sociais. Ainda, reportou-se ao Projeto de Lei Federal nº
6.015/05, de autoria do Deputado Federal Beto Albuquerque, que institui o Fundo
Nacional do Idoso e autoriza deduzir do imposto de renda das pessoas físicas as
doações efetuadas em conformidade com esse Projeto. Em PAUTA, Discussão Preliminar,
estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Resolução nº 119/05, discutido pelo
Vereador João Carlos Nedel, os Projetos de Lei do Legislativo nos
275, 279 e 262/05, este discutido pelos Vereadores João Antonio Dib, José
Ismael Heinen e João Carlos Nedel, 274/05, discutido pelos Vereadores João Antonio
Dib e José Ismael Heinen, os Projetos de Lei do Executivo nos
021/05, discutido pelo Vereador João Antonio Dib, 025/05, discutido pelos Vereadores
João Antonio Dib e Carlos Comassetto; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo
nº 247/05, o Projeto de Lei do Executivo nº 024/05; em 3ª Sessão, os Projetos
de Lei do Executivo nos 018, 020 e 022/05, os Projetos de Lei do
Legislativo nos 268, 267, 271, 273 e 112/05, este discutido pelo
Vereador Carlos Comassetto e pela Vereadora Maristela Maffei, e 270/05,
discutido pelo Vereador João Antonio Dib, o Projeto de Lei Complementar do
Executivo nº 008/05, os Projetos de Lei Complementar do Legislativo nos
010/03 e 015/05, o Projeto de Resolução nº 136/05. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o
Vereador Luiz Braz relatou sua participação em almoço organizado pelo Jornal do
Comércio, no dia dezessete de outubro do corrente, para entrega do Troféu
“Melhores Mulheres”, ressaltando, entre as homenageadas, o nome da Senhora Cleonice
Carvalho da Silva, responsável pelo projeto “Amigos do Verde”, que oportuniza o
contato com noções de cultura e ecologia e viabiliza ações concretas por melhor
qualidade de vida. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a
ORDEM DO DIA. Em Votação Nominal, foi rejeitado o Projeto de Lei Complementar
do Legislativo nº 011/05, considerando-se mantido o Veto Total a ele aposto,
por quatorze votos SIM, dezesseis votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser encaminhado
à votação pelos Vereadores Carlos Todeschini, Luiz Braz, Bernardino Vendruscolo,
Paulo Odone e pela Vereadora Maristela Maffei, tendo votado Sim os Vereadores
Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos
Todeschini, Gerson Almeida, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, Luiz Braz,
Margarete Moraes, Maristela Maffei, Mauro Pinheiro, Sebastião Melo e Sofia
Cavedon, Não os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Claudio Sebenelo,
Clênia Maranhão, DJ Cassiá Gomes, Elói Guimarães, Ervino Besson, João Carlos
Nedel, José Ismael Heinen, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Maurício Dziedricki,
Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulo Odone e Valdir Caetano e tendo optado pela
Abstenção o Vereador João Antonio Dib. Na oportunidade, o Vereador João Antonio
Dib registrou que a Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL
escolheu a Vereadora Maristela Maffei como relatora do Projeto de Lei do
Executivo nº 026/05, que estima a receita e fixa a despesa do Município para o
exercício econômico-financeiro do ano de dois mil e seis. Às dezoito horas e
vinte e sete minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, para a
realização de reunião conjunta de Comissões Permanentes, sendo retomados às dezenove
horas e vinte e quatro minutos, constatada a existência de quórum. Às dezenove
horas e vinte e cinco minutos, constatada a inexistência de quórum, o Senhor
Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores
para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os
trabalhos foram presididos pelos Vereadores Elói Guimarães, João Carlos Nedel e
Luiz Braz e secretariados pelo Vereador Nereu D'Avila. Do que eu, Nereu
D'Avila, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após
distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Há quórum.
O SR. CLAUDIO SEBENELO (Questão de
Ordem): Quero consultar
a Mesa se é permitido que sejam utilizados nomes de árvores para denominar ruas
e se podem ser apresentadas várias denominações num mesmo projeto. Todos os
meus Projetos foram rejeitados por serem coletivos e terem nomes de
constelações e não nomes de pessoas. Eu gostaria de levantar esta questão, já
que os meus Projetos estavam apoiados pela consulta popular.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Respondo afirmativamente a V. Exª que é
possível, sim. Evidentemente que o Plenário detém o poder de rejeitar ou não, e
talvez tenha sido o que aconteceu com o Projeto de Vossa Excelência.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Talvez pela antipatia do proponente,
porque agora vejo Projetos englobando várias ruas num Projeto só, o que é um
absurdo!
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Márcio Bins Ely solicita Licença
para Tratamento de Saúde no período de 20 a 23 de outubro de 2005.
(Obs.:
Foi apregoado Requerimento do Ver. Márcio Bins Ely e dada posse ao Suplente,
conforme consta na Ata.)
Passamos
à
O
Sr. Fernando Molinos Pires Filho, representando o Sindicato dos Odontologistas
do Estado do Rio Grande do Sul, está com a palavra, para tratar de assunto
relativo à 4.ª Semana de Saúde Bucal, pelo tempo regimental de 10 minutos.
O SR. FERNANDO MOLINOS PIRES FILHO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, caros
colegas cirurgiões-dentistas que representam entidades odontológicas, senhoras
e senhores representantes de movimentos sociais em organização e luta pela
defesa da saúde bucal como direito de cidadania e responsabilidade do Estado,
conforme definem os termos da Constituição Federal brasileira; senhoras e
senhores presentes nesta Sessão, senhores Parlamentares, ao saudá-los quero
agradecer pela oportunidade de uso desta Tribuna Popular, como porta-voz das
entidades que compõem o CECO - Comitê das Entidades de Classe Odontológicas - e
o Fórum de Movimentos Sociais em Luta pela Saúde Bucal, eu gostaria de
contextualizar o que pretendo dizer aos senhores.
Fazemos
uso desta tribuna para divulgar a realização de dois importantes eventos da
Saúde que se desenvolvem, de hoje até o final deste mês de outubro, em nosso
Estado e em nossa querida Porto Alegre. São eles: a 4.ª Semana Estadual de
Promoção de Saúde Bucal e o 2.º Fórum Gaúcho de Saúde Coletiva, que abre um
eixo especificamente para discutir as questões referentes à saúde bucal da
nossa população. A par de expressarem toda a pujança científica e
técnico-política da Odontologia rio-grandense, esses dois eventos atestam e
confirmam a inegável liderança que a nossa Odontologia exerce no cenário
nacional da Saúde. Todavia, esse momento e essas atividades se desenvolvem não
com o objetivo específico de homenagear nossa Odontologia e os integrantes
dessa profissão; também não se realizam apenas para aprofundar a discussão
sobre os avanços técnico-científicos que vimos conquistando ao longo de anos.
Essa face dos eventos costuma ser mais valorizada pela mídia, até numa justa
homenagem ao esforço e à dedicação daqueles que desenvolvem seu trabalho,
cuidando e assistindo as pessoas nesse campo de suas vidas, viabilizando,
muitas vezes, sem o devido reconhecimento profissional, o funcionamento de
nossos serviços públicos de atenção à Saúde.
Senhores
Parlamentares, esses eventos e esta fala na Casa do Povo de Porto Alegre marcam
o início da Semana de Promoção de Saúde Bucal e precisam, entretanto, destacar
um outro significado dessas realizações. Referimo-nos àqueles propósitos que a
sociedade, em particular seus segmentos majoritários, os trabalhadores e os
grupos socialmente dela excluídos, esperam de nós, ou seja, que nesses espaços
e neste momento nos debrucemos sobre a análise de suas condições de saúde
bucal; que sejamos capazes de avaliar, com isenção, suas necessidades; que nos
tornemos sensíveis às suas demandas, não por uma questão de benemerência, como
se eles fossem alvos de nosso espírito de filantropia, mas que os víssemos como
cidadãos dotados de direito, portanto merecedores da atenção do Poder Público,
que tem obrigação de assegurar-lhes serviços suficientes, de qualidade e
resolutivos.
O
que a sociedade espera de nós, nessa jornada, é o que esta Casa está acostumada
a exercitar pela sua própria natureza: o confronto crítico com facetas da
realidade da vida dos cidadãos, o exercício político da busca de soluções
concretas para seus problemas, enfim, o exercício do controle social sobre o
Executivo, encarregado e responsável por implementar as políticas públicas. É
com essa disposição e postura, e não com a busca de elogios, que se constrói
cidadania plena.
O
quadro de saúde bucal da população brasileira é grave! O quadro é muito grave!
O quadro de saúde da população do Rio Grande do Sul, em termos de saúde bucal,
acompanha essa tendência nacional muito grave. Os dados recentemente obtidos de
forma científica demonstram com clareza que acumulamos, ao longo de gerações,
uma enorme dívida social; dívida essa que coloca a questão da saúde bucal como
um dos problemas prioritários de saúde pública para o resgate da dignidade
humana. Não é mais possível que, desde a mais tenra idade dos nossos filhos até
o fim da vida de nossos caros idosos, tenhamos de continuar convivendo com altas
incidências de doenças e taxas de perdas de qualidade de vida, com as pessoas
sendo vítimas da cárie dentária, das doenças de gengiva, do câncer bucal, das
malformações congênitas e perdas precoces de dentes. A dor, as dificuldades de
acesso aos serviços, a má qualidade da atenção, a não-resolutividade dos
atendimentos, o estigma decorrente da perda da auto-estima que se refletem na
dificuldade do convívio social precisam ter um basta!
Senhores
Parlamentares, não queremos ocupar o tempo de V. Exas. com estatísticas, embora
as tenhamos como prova do que estamos afirmando, até porque isso se torna
desnecessário, pois um simples passeio pelas ruas e locais públicos da nossa
querida Porto Alegre é suficiente para vermos de um povo sofrido e carente de
atenção na área de saúde bucal. Ao fazermos essas afirmações, certamente nos
defrontaremos, posteriormente, com discursos de realizações. Podemos até
confrontá-los em suas veracidades, mas, neste momento, este não é o nosso
propósito. Por mais que se consiga demonstrar que esforços vêm sendo feitos,
nós continuaremos enfaticamente a afirmar: isso ainda é muito pouco. É preciso
sair dos planos, dos papéis, com suas metas enganosas. É preciso verificar in loco o que realmente vem ocorrendo.
Senhores
Parlamentares, misturem-se ao povo; convivam com nossas crianças nas vilas e no
campo, onde o problema ganha dimensões dramáticas; visitem os serviços;
conversem com os que estão nas filas intermináveis; dialoguem com os
profissionais que enfrentam a dura realidade da falta de condições de trabalho;
sintam de perto o drama de quem está em fase avançada de doença que exige
hospitalização e não encontra vagas nos hospitais.
Senhores
Parlamentares, assim revelamos nosso propósito nessa conversa. Fazemos um
apelo. Talvez em breve os senhores recebam nesta Casa, para exame e
consideração, uma proposta oficial de política de saúde bucal para o nosso
Município. É algo louvável e necessário, sem dúvida alguma. Mas, antes de
mergulhar em sua leitura, a qual temos certeza de que levará a debates
importantes, juntem-se a nós na tarefa de traçar uma verdadeira radiografia da
situação de atenção à saúde bucal em nossa Porto Alegre. O Fórum dos Movimentos
Sociais em Luta pela Saúde Bucal junto com o Conselho Municipal de Saúde, as
Faculdades de Odontologia e as entidades de representação profissional,
particularmente nós, da Associação Brasileira de Saúde Bucal Coletiva, nos
dispomos a esse desafio. Somente esses elementos nos farão encontrar o caminho
e as soluções. Somente esse quadro de realidade será capaz de testemunhar a
conseqüência do que se vem propondo, assim como a real eficácia do que se faz e
do que se pretende fazer amanhã. Essa é uma tarefa necessária para a qual
esperamos a solidariedade desta Casa por meio de sua Comissão de Saúde.
Finalmente,
não poderíamos encerrar este pronunciamento sem considerar o quadro nacional -
eu já estou encerrando o pronunciamento, mas peço a paciência dos senhores.
Bem,
sabemos das dificuldades que vive a sociedade brasileira - os Estados e os
Municípios. É verdade que o atual Governo Federal considerou a Saúde Bucal como
um dos seus programas prioritários. É verdade que consideramos a linha de sua
política correta, porque reflete indicações antigas de nossos movimentos em
busca de conseqüência para a forma de se tratar a questão da saúde bucal em
nosso País. É verdade que os investimentos na área são sensivelmente maiores
que os que em tempos passados foram alocados, porém ainda são insuficientes
para garantir o acesso à cobertura populacional e à integralidade dos
atendimentos necessários. Ainda nos encontramos sujeitos a restrições,
sobretudo de financiamento para Estados e Municípios que, por sua vez, teimam
em descumprir a Lei aportando valores menores do que os previstos para a
aplicação na Saúde. Decorrem essas dificuldades de uma política econômica
centrada num chamado “ajuste fiscal”, na política de altos juros, na manutenção
de compromissos com uma dívida pública impagável e nos draconianos princípios
de uma Lei chamada de Responsabilidade Fiscal - elementos que condicionam
restrições aos investimentos sociais, dentre os quais na Saúde. Mas esses não
são elementos dados naturalmente. São obras dos governantes que expressam
vontades políticas, compromissos; portanto, não são imutáveis. Daí nosso
entendimento de que a luta pela saúde, em particular da saúde bucal, coloca-se
no mesmo patamar e compõe a mesma pauta dos que defendem a construção de uma
sociedade mais justa, humana e solidária; uma sociedade que, em vez da
responsabilidade fiscal, se afirme e se firme em um propósito de
responsabilidade social cuja conquista da saúde resulte não só do trabalho
técnico e dos avanços científicos e profissionais, mas da organização da
sociedade e do exercício do controle social, entendido como a participação
esclarecida na formulação, implementação e avaliação das políticas públicas. É
o que nos propomos a exercitar. Isso também, no nosso entendimento, é tarefa
desta Casa.
Mais
uma vez eu agradeço, em nome da sociedade rio-grandense, pela oportunidade de
falar em Saúde proporcionada por esta Casa, pois se diz comumente: “Não existe
saúde sem saúde bucal”. Muito obrigado a todos, agradeço a deferência da Casa.
(Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Convidamos o Dr. Fernando Molinos Pires
Filho a tomar assento à mesa.
Queremos saudar os cirurgiões-dentistas e odontólogos.
Queremos registrar a presença do Dr. Rubens Garavello Machado e do
cirurgião-dentista Dr. Egon Arno Kilian, que aqui representa o Conselho Regional
de Odontologia do Rio Grande do Sul, cujo Presidente é o Dr. Joaquim Cerveira.
Feita
a manifestação do Dr. Fernando Molinos Pires Filho, falando sobre um tema tão
importante, da 4.ª Semana de Saúde Bucal, nós queremos passar a palavra às
Bancadas.
A Verª Mônica Leal está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. MÔNICA LEAL: Dr. Fernando Molinos Pires Filho, quero
cumprimentá-lo em nome da Bancada do Partido Progressista - composta pelos
Vers. João Antonio Dib, João Carlos Nedel e esta Vereadora - pela passagem da
4.ª Semana de Saúde Bucal, que é muito importante, e gostaria de registrar,
além de informar, que, preocupada com a Saúde Pública, fiz um Projeto que
dispõe sobre a adoção de ambulatórios odontológicos nos postos de saúde próximos
a creches e escolas do Município de Porto Alegre, na intenção de qualificar e
facilitar o atendimento odontológico especialmente às crianças e adolescentes
que, sabemos, estão em fase de crescimento e desenvolvimento. Então foi com
grande satisfação que o escutei. Quero cumprimentá-lo mais uma vez e registrar
o nosso apoio, o apoio da Bancada do Partido Progressista.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Claudio Sebenelo está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Dr. Molinos, com muito prazer nós lhe
recebemos aqui e quero lhe dizer que a Odontologia hoje, na nossa Cidade, com
todas as dificuldades, representa, sim, o grande exemplo da prevenção. Hoje os
nossos gaúchos começam a sorrir um pouco mais. As experiências realizadas pelo
serviço de Saúde Comunitária mostram que as medidas de prevenção feitas desde
criança conseguem diminuir muito o número de cáries e de incidência de doenças.
Essas
doenças entram pela boca, quase todas elas, devido à comunicação com o aparelho
respiratório; nós temos a bronquiectasia, nós temos a questão da sinusite, a
questão das infecções respiratórias de repetição, a mediastinite, uma das
maldições das doenças infecciosas, todas elas têm origem na cavidade oral.
Esse
seu exemplo, isso que o senhor traz para nós, às vezes como um S.O.S., às vezes
também como um recurso fantástico da Odontologia, mostra qual é o caminho que
deve ser seguido pela Saúde Pública, isto é, a questão da prevenção é
fundamental, definitiva, irreversível e, principalmente, melhora muito as
relações humanas.
É
na Odontologia que se faz uma excelente relação humana, porque o odontólogo,
hoje, está preparado para fazer, além da restauração, a prevenção, e isso,
realmente, torna-se um encanto para nós. Para as classes sociais mais
aquinhoadas, hoje há condições, inclusive, de embelezarmos o sorriso, de
manutenção não só estética, como de saúde do corpo que começa pela saúde da
boca. Meus parabéns para o senhor.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos Todeschini está com a
palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Dr. Fernando Molinos Pires Filho, nossa
saudação em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, que é composta pelos
Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Gerson Almeida, que substitui a Verª
Maria Celeste, Mauro Pinheiro, que substitui a Verª Manuela d’Ávila, Margarete
Moraes, Carlos Comassetto, Sofia Cavedon e este Vereador. Eu ouvi atentamente
as suas palavras, porque eu tenho convivido, de perto, pelo menos tenho
acompanhado bastante, desde a época de estudante, desde a época dos diretórios
acadêmicos, todo esse movimento em defesa da saúde bucal como política
preventiva e como responsabilidade pública do Estado. Esse tema é importante e
relevante.
Se
nós observarmos as gerações, verificaremos que, no passado, as pessoas
precisavam usar prótese; nos dias atuais temos a geração da cárie, das
restaurações, mas, no futuro, nós esperamos que todo o povo tenha uma saúde
adequada, e todos possam participar de políticas que são inclusivas no plano da
saúde pública, do SUS, da prevenção. Quero ressaltar também a qualidade dos
profissionais que nós temos aqui em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul e no
Brasil. A gente sabe que na técnica, no desenvolvimento, os profissionais e a
tecnologia de saúde bucal do Brasil não ficam atrás dos melhores países do
mundo, graças à qualidade extraordinária, excepcional dos profissionais da
odontologia. Então, tenham a nossa saudação, a nossa solidariedade.
Quero
fazer um registro aqui: quando fui Diretor do DMAE, graças ao trabalho feito
junto com a Associação Odontológica Brasileira é que se manteve o flúor na
água. Segundo a pesquisa da própria Associação Odontológica Brasileira, cerca
de 60% das cáries são prevenidas pelo uso adequado de flúor. Eu tive orgulho de
participar da gestão do DMAE, que foi o primeiro e o mais continuado usuário,
digamos assim, foi quem garantiu e quem fez com que se implantasse essa
política pública que preveniu a saúde pública, que preveniu a saúde bucal,
graças à parceria de órgãos públicos, sistemas de saneamento, água tratada e
ação profissional. Parabéns à entidade e parabéns a todos os profissionais da
área, porque vocês merecem! (Palmas.)
(Não revisado
pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A
Verª Maristela Maffei está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Em
primeiro lugar, quero cumprimentar o Sindicato dos Odontologistas do Estado do
Rio Grande do Sul, representado pelo Dr. Fernando Molinos Pires Filho, e dizer
que é uma alegria recebê-lo nesta Casa. Nós não podemos deixar - e o senhor
mais do que ninguém tem conhecimento disso - a luta pela universalização do
SUS, porque a gente sabe que este País, em que temos um dos maiores números de
profissionais consagrados nessa área - e grandes profissionais -, ainda é um
País de desdentados. Então, não podemos deixar de fazer essa referência, porque
sabemos da luta que a própria entidade trava em relação a isso, para que a
gente consiga, realmente, na prática, universalizar. E aí também chamando à
atenção do Governo Federal, do Governo Estadual e das Prefeituras para o
investimento, como nós temos, aqui em Porto Alegre, desde a implementação dos
PSFs, em especial, que fazem todo um trabalho com as famílias, com as escolas,
com as creches, principalmente com as conveniadas com a Prefeitura, num
trabalho belíssimo no sentido da prevenção. Então, somos parceiros também
naquilo em que tivermos de lutar juntos, na cobrança para efetuarmos na prática
e sermos todos nós autores de uma política da universalização, pois essa, com
certeza, é uma das maiores bandeiras que essa entidade tem, e queremos nos
colocar à disposição e nos somar a essa luta. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE: O Ver.
Ervino Besson está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. ERVINO BESSON: Meu
caro Presidente, Ver. Elói Guimarães; Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras; Dr. Fernando Molinos Pires Filho, do Sindicato dos Odontólogos do
Estado do Rio Grande do Sul, em nome da Bancada do PDT, em meu nome, do Ver.
Mario Fraga, do Ver. Dr. Goulart, do Ver. Nereu D’Avila, do Ver. Márcio Bins
Ely e do Ver. DJ Cassiá, queremos cumprimentá-lo de uma forma muito especial,
muito carinhosa.
Quando o homem foi criado,
Deus foi tão bom que providenciou no nosso organismo os cuidados que teríamos
com a nossa saúde, que inicia pela boca. Veja, a natureza é tão fantástica,
Doutor, que, inclusive, em determinado período, a gente perde a dentadura, e
nascem novos dentes. Isso é um cuidado que a natureza colocou em nossas mãos.
Portanto, por que nós temos de dar atenção a isso? Porque a saúde das pessoas,
sem dúvida nenhuma, inicia pela boca, pela alimentação, e os dentes são o
instrumento número um para uma qualidade de vida e uma saúde de qualidade.
Portanto, em nome, mais uma vez, da nossa Bancada, Dr. Fernando, eu quero
saudá-lo e parabenizá-lo, e que V. Sª transmita o nosso abraço a sua entidade,
aos profissionais que prestam esse relevante trabalho para a nossa população de
conservação da saúde. Parabéns!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A
Verª Clênia Maranhão está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, queremos saudar, de
uma forma muito especial, a presença, nesta Casa, do Dr. Molinos, dos
odontólogos porto-alegrenses que nos acompanham nesta Sessão, representando o
Sindicato dos Odontólogos do Estado do Rio Grande do Sul. Queria parabenizar V.
Sª e todos aqueles que têm incorporado as suas responsabilidades profissionais
à luta pela saúde bucal. Nós sabemos que a saúde bucal, neste País, tem sido
colocada infelizmente como segundo plano na definição das políticas públicas de
saúde. Nós sabemos também que a maior vítima desse descaso público tem sido
exatamente as populações de baixa renda, o que tem feito com que tenhamos um
enorme déficit social, uma dívida social com as populações no que se refere ao
seu direito à saúde, incluindo evidentemente a saúde bucal.
Nós
conhecemos o trabalho da sua entidade, a luta que o senhor desenvolve,
parabenizo V. Sª por isso.
Foi
um prazer recebê-los aqui nesta tarde, porque nos chama a atenção sobre uma
problemática extremamente relevante, e como nós, Vereadores e Vereadoras, temos
tantas missões, muitas vezes essa questão nos passa despercebida, damos para
ela uma importância menor. O seu discurso contundente, político e técnico,
estimula-nos a pensar sobre a nossa responsabilidade de contribuirmos com a sua
entidade no sentido de garantir à população o direito fundamental ao sorriso, à
saúde, não apenas à saúde bucal, mas ao conjunto da saúde das pessoas.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O
Ver. Maurício Dziedricki está com a palavra, nos termos do art. 206 do
Regimento.
O
SR. MAURÍCIO DZIEDRICKI: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, Dr. Fernando Molinos
Pires Filho, em nome da Bancada do Partido Trabalhista Brasileiro quero
registrar a satisfação que temos em recebê-lo, a nossa Bancada é composta pelos
Vereadores Elói Guimarães, Brasinha e este Vereador, e quero registrar o
compromisso que devemos ter, mais do que nunca, com ações afirmativas que façam
da odontologia e da saúde bucal uma prática diária nas comunidades mais
carentes, porque é uma realidade o fato de que encontramos a falta do
atendimento - ou então até mesmo a falta da preocupação das pessoas com o
cuidado, com a saúde bucal. E quando pensamos na relação, na interface, com a
saúde pública, muitas vezes, a odontologia - e eu quero me referir
especificamente à saúde bucal das nossas comunidades - é vista em um segundo
plano. E as ações afirmativas, que eu imagino serem verdadeiras, ocorrem por
intermédio de políticas educacionais em conjunto, ao lado dessas pessoas que
menos conhecem, que menos têm chance, que menos têm oportunidade de buscar a
saúde bucal.
Eu
quero registrar aqui a minha saudação ao Sindicato dos Odontólogos no Estado do
Rio Grande do Sul, que vocês tenham êxito em todas as missões, e que nós,
Parlamentares da Câmara Municipal de Porto Alegre, e de todas as outras Casas
Legislativas, bem como o Executivo, reforcemos o compromisso de que ações
afirmativas são necessárias para fazer com que a saúde bucal seja uma
prioridade quando tratarmos de saúde pública em nosso Estado, em nosso
Município.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O
Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. BERNARDINO
VENDRUSCOLO: Dr. Fernando Molinos Pires Filho,
nosso cumprimento à sua entidade, eu falo em nome da Bancada do PMDB, do Ver.
Sebastião Melo, nosso Líder; do Ver. Ibsen Pinheiro e do Ver. Haroldo de Souza.
Eu estava pensando no que eu deveria dizer neste momento, e parece-me que devo
cumprimentá-lo, extensivo à sua entidade, e desejar que sigam em frente com
essa força, com essa vontade e rogar aos homens públicos que aproximem mais o
discurso da prática, em todo o Brasil. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Elói Guimarães): Nós queremos saudar os
odontólogos, os cirurgiões-dentistas, em especial o Dr. Fernando Molinos Pires
Filho, que traz aqui um assunto atual e as preocupações dos especialistas em
uma temática tão importante como a saúde bucal.
Fica aqui, portanto,
a saudação a V. Sª e de resto à odontologia gaúcha pela qualidade dos seus
profissionais, pelas preocupações políticas que têm com a saúde da nossa
população. A Casa está sempre à disposição para receber contribuições tão
significativas, como esta que trouxe V. Sª aqui, chamando-nos a atenção para a
importância, advertindo-nos para essas questões, pela falta de recursos à saúde
bucal. Portanto, este é um momento importante que a Casa tem com os odontólogos
e com a Odontologia do Rio Grande do Sul. Estão suspensos os trabalhos para as
despedidas.
(Suspendem-se os
trabalhos às 14h45min.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães – às 14h47min): Estão reabertos os trabalhos.
A
Verª Manuela d’Ávila solicita Licença para Tratar de Interesses Particulares no
dia de hoje.
(Obs.:
Foi aprovado o Requerimento de Licença da Verª Manuela d’Ávila e dada posse ao
Suplente, conforme consta na Ata.)
Neste
momento, recebemos os representantes da Associação Sul-Rio-Grandense da Igreja
Adventista do Sétimo Dia, que vêm apresentar o Projeto Mais Vida. O
Requerimento para este comparecimento é de autoria do Ver. Elias Vidal.
Convidamos
a integrar a Mesa o Pastor Odailson Fonseca, o Pastor Moisés e o Sr. Ivan
Batista de Souza.
O
Ver. Elias Vidal está com a palavra.
O SR. ELIAS VIDAL: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa e demais
presentes.) Nós estamos nesta tarde, aqui, em função do grande resultado de uma
megacampanha sobre um tema tão nobre e importante: a doação de sangue. Uma
campanha que os senhores viram na televisão, leram nos jornais e escutaram no
rádio.
A
Igreja Adventista, senhores, é uma Igreja que se faz presente em 230 países no
mundo. Ao fazer esse trabalho religioso, teológico e espiritual a Igreja
Adventista baseia-se nos ensinamentos do Evangelho e no amor ao próximo. O lema
é: “Amar a Deus acima de tudo e a teu próximo como a ti mesmo”.
Essa
Igreja, como outras igrejas cristãs que acreditam piamente na volta de nosso
Senhor Jesus Cristo, não deixa de olhar para o alto, mas enquanto olha para o
alto também olha para o lado na caminhada da vida nesta terra, ensinando que é
preciso repartir o pão; é necessário repartir o cobertor, as roupas, os
calçados. É preciso, também, se possível, repartir o sangue, fundamental para a
vida.
Os
senhores vão assistir, daqui a pouco, a uma retrospectiva feita pela imprensa
gaúcha, pela imprensa nacional, pela TV Globo, sobre a grande repercussão que
teve esse trabalho, os registros dos dirigentes e dos diretores de hemocentros
e hospitais. Vocês verão aqui a reportagem que é realmente algo de arrepiar. A
juventude, liderada por esses homens, levou milhares de jovens e famílias a uma
megacampanha nunca vista no Estado do Rio Grande do Sul, campanha que
ultrapassou as fronteira do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná. E o Governo
de São Paulo há poucos dias - acho que o Pastor Odailson vai falar alguma coisa nesse sentido - fez uma
megacampanha em São Paulo.
Eu quero dizer, Pastor Odailson - que é um
Pastor jovem, um garotão, formado em Publicidade e Propaganda, além de ser um
teólogo -, que para este Vereador foi uma honra muito grande assessorá-lo
naquelas nossas mais de trinta audiências entre Secretarias do Município,
Secretarias do Estado, Assembléia Legislativa, Fundações. Esta Casa, na pessoa
do Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães, e todos os demais Vereadores apoiaram.
Lembro-me, juntamente com o Pastor Odailson, que em um dia de chuva, muito
frio, o Presidente aprovou um Requerimento para que as Kombis desta Casa
levassem funcionários e jovens ao hemocentro. Num dia frio e de chuva, o
Presidente não só liberou as Kombis como foi ao hemocentro.
Então,
senhores, eu fico muito feliz, porque até dizia nas nossas andanças com o
Pastor Odailson e demais diretores: “Olhe, para mim é uma honra ser seu office-boy,
ser seu secretário, ser seu motorista.” E dizia o Pastor Odailson: “Deixa
disso, Vidal.”
Quero dizer que aprendi muito com você, foi uma honra muito grande, sei que doei muito de mim, assim como muitos que participaram nesta campanha, e esta Casa Legislativa deu o seu apoio. O nosso Presidente deu um testemunho pessoal, não só a força, o apoio, o carinho, a influência, mas ele, pessoalmente, foi ao hemocentro. O nosso muito obrigado.
Senhores,
para concluir neste pouco tempo que tenho, faço, em nome da juventude
adventista, um pedido muito especial nesta tribuna, Sr. Presidente, Srs.
Vereadores: há um Projeto que vai ser votado nos próximos dias, melhor dizendo,
no dia três de novembro; é um pedido especial deles, um Projeto de Lei que
permite que os candidatos inscritos em concursos públicos no Município realizem
as provas em períodos diferenciados quando impedidos de fazê-lo por motivos
religiosos, no período de 17h de sexta-feira às 20h30min de sábado. É um pedido
especial deles!
E
vocês vão ver um pouquinho desses jovens, o que eles são capazes de fazer. Eles
são fiéis aos seus princípios, e baseados nesses princípios é que eles dividem
o sangue com a sociedade.
O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Elias Vidal, eu quero cumprimentá-lo
e cumprimentar, também, os componentes da Mesa, em nome da Bancada do PDT e
parabenizá-lo por mais essa luta. Nós sabemos que V. Exª há poucos dias, fez uma
viagem, inclusive para países de Primeiro Mundo, defendendo, mostrando para as
pessoas, o combate ao uso de drogas, que está dizimando algumas gerações dos
nossos jovens. V. Exª abraça mais uma luta da história da sua vida. Queremos
parabenizá-lo. Sem dúvida nenhuma, doar sangue e doar órgãos é salvar vidas.
Portanto, fica, aqui, o nosso abraço, o nosso fraterno reconhecimento pela sua
luta. Muito obrigado, Vereador.
O SR. ELIAS VIDAL: Obrigado.
A Srª Clênia Maranhão: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Prezado Ver. Elias Vidal, saudando V. Exª,
queria saudar, também, as lideranças religiosas, os Pastores que estão aqui
presentes, e dizer que é muito importante para esta Casa esse apelo, esse
chamado, essa atenção que V. Exª nos faz em relação a um tema fundamental como
é a doação de sangue, que, na verdade, é uma doação de vida. Nós nos sentiremos
muito gratificados em poder ouvi-los logo mais. Eu vi também o material que V.
Exª nos trouxe, e isso vai, realmente, nos sensibilizar e nos tornar, quem
sabe, mais próximos da sua luta.
O SR. ELIAS VIDAL: Obrigado.
O SR. ELIAS VIDAL: Obrigado.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Elias Vidal, o grande
mandamento de Cristo foi: “Amai-vos como eu vos amei”.Amor é doação, é
solidariedade e o mundo se esqueceu da solidariedade, porque solidariedade é
paz. Em razão dessa falta de solidariedade, nós não temos paz. Saúde e PAZ!
O SR. ELIAS VIDAL: Obrigado.
O Sr. Maurício Dziedricki: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Elias Vidal, venho a este microfone
de aparte para congratular-me com a sua iniciativa, com a sua peregrinação,
buscando, inclusive, referências internacionais nessa área. Mas eu gostaria de
ressaltar alguns dados que eu pude acompanhar: dos 35 hospitais contemplados
com o Projeto de doação de sangue, com os 3.500 doadores que por lá passaram,
compartilharam a vida com aquilo que nós acreditamos ser a peça fundamental. E
o sangue é vida. Alguns já recitaram aqui que o sangue é seiva. O sangue é tudo
isso, é o que nos trás, o que nos move, o que nos alimenta. Eu gostaria de
registrar, em nome da minha Bancada, a homenagem que nós fazemos, não somente
pelo simples ato de estarmos aqui, mas por compartilharmos com inúmeras pessoas
que foram beneficiadas, com os grandes hemocentros, a iniciativa de promover
com políticas afirmativas, com responsabilidade junto à comunidade, aquilo que
nós queremos de melhor para o nosso cidadão, que é poder oferecer melhores
condições de vida. Meus parabéns!
O SR. ELIAS VIDAL: Obrigado.
A Srª Maristela Maffei: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Elias Vidal, bem como as
demais pessoas que representam a organização do Projeto Mais Vida, todos nós
sabemos, e não precisamos dizer muito, que nós vivemos numa sociedade
extremamente individualista, em que a mercadoria vale mais, muito mais do que o
ser humano. E é tão importante a gente ver apresentado um Projeto como esse,
que traz um debate sobre a dignidade humana. E esse tema, em especial, nós
sabemos o quanto é valoroso. Portanto, representando a Bancada do PSB, quero
dizer que somos solidários a essa luta que está sendo travada juntamente com
esse Projeto e queremos também estar unificados pela paz e pela vida. Parabéns!
O SR. ELIAS VIDAL: Muito
obrigado.
O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Elias Vidal, representantes
do movimento Mais Vida, posso assim dizer, recebam aqui os cumprimentos do
nosso Partido, o Partido dos Trabalhadores. A vida está acima de todos os
movimentos que podemos fazer. Vida com paz, com solidariedade e com amizade. Meus
parabéns, em nome do Partido dos Trabalhadores.
O SR. ELIAS VIDAL: Muito obrigado. Sr. Presidente,
eu concluo as minhas palavras dizendo que é uma honra muito grande, porque aqui
estão os dirigentes, diretores, presidentes, os líderes da Igreja Adventista,
que coordenam mais de 500 Igrejas no Estado do Rio Grande do Sul; são milhares
e milhares de pessoas e entre os coordenadores, os diretores, está o Pastor
Odailson Almeida Fonseca, que é o grande cérebro desta Campanha, nós fomos
apenas uma peça auxiliar neste Movimento. E o Pastor Odailson vai, em suas
palavras, colocar com muita propriedade esse grande “milagre” desse movimento
jovem no Estado que levou milhares e milhares de jovens aos hemocentros para
doarem o seu sangue, algo tão precioso, dando parte de sua vida, de seu corpo.
O nosso muito obrigado, e que Deus nos abençoe e abençoe a todos nós.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Nossos
cumprimentos ao Ver. Elias Vidal. Agora vamos assistir à projeção do vídeo do
“Projeto Mais Vida”.
(Procede-se à apresentação do vídeo do “Projeto
Mais Vida”.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Neste momento,
convidamos o Ver. Elias Vidal a proceder à entrega dos Diplomas alusivos à
homenagem ao Pastor Odailson Fonseca e ao Pastor Moisés.
(Procede-se à entrega dos Diplomas.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Concedemos a
palavra ao Pastor Odailson Fonseca.
O SR. ODAILSON FONSECA: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, Sr. Ver. Elias Vidal, jovens que estão nas galerias, a razão de
estarmos aqui, nesta tarde, é apenas uma: há alguns jovens nessas galerias que
não apenas deram palavras para esta Cidade, mas há uma juventude que doou
sangue. E quando vimos a uma tribuna falar para autoridades como V. Exas,
eu fico imaginando qual é a forma mais prática de mostrar à cidade de Porto
Alegre o que uma juventude bem orientada pode fazer. Senhores Vereadores,
jovens estão dispostos a ajudar, de alguma forma, cada um de nós, se forem bem
orientados em atividades práticas. Fico imaginando o que pode ser mais sagrado,
mais imparcial, mais antipartidário, senão o nosso sangue como a forma mais
concreta de demonstrarmos solidariedade às pessoas. Junte uma juventude
disponível, junte o sangue, algo totalmente imparcial e sagrado, e você vai ter
uma mistura explosiva do que é capaz de ser feito por seres humanos que querem
mudar um pouquinho.
A idéia do Projeto Mais Vida não nasceu da minha
mente; e seria um pecado mortal eu tomar para mim as honras de uma idéia que
nasceu no coração de um jovem que poderia estar sentado nessas galerias. No
começo deste ano, um jovem disse: “Pastor, por que não aproveitamos a época da
Páscoa e continuamos com essa campanha doando o nosso próprio sangue?” Os
jovens são iluminados de uma forma que os adultos não o são. E essa idéia pegou
fogo, senhoras e senhores. E, amigos Vereadores, eu só posso agradecer o apoio
que V. Exas deram, o apoio que o Sr. Presidente deu, numa
quarta-feira, quando estava chovendo, frio, e ele estava conosco, junto àqueles
vários jovens – o que foi apenas uma parcela, Sr. Presidente –, eram 3.500
doadores de sangue. Eu não poderia, também, receber os agradecimentos da Cidade
sem compartilhar a gratidão com as autoridades instituídas por Deus. Eu digo a
vocês, Srs. Vereadores, que V. Exas. não estão aqui por acaso, assim como V.
Exª não está aqui por acaso, Ver. Elias Vidal. Ter o seu apoio no Projeto, com
V. Exª, de forma incansável, passeando, caminhando, conversando, ensinando,
leva-nos a ter certeza de que, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, os nossos
jovens não estão perdidos. E, às vezes, nós nos confundimos um pouco, quando
vemos a juventude mal direcionada e colocamos, às vezes, nos meios de
comunicação, só o que um jovem faz de errado, enquanto vocês olham o potencial
de um jovem e percebem que ele pode fazer muito mais do que pensamos, se ele
for bem orientado. O Projeto Mais Vida nada mais é do que a combinação do
sangue sagrado com a juventude disponível. Em nome da Igreja Adventista do
Sétimo Dia e dos jovens adventistas do Sétimo Dia, eu digo a vocês, cidade de
Porto Alegre, contem com esses jovens para aquilo que vocês precisarem,
contanto que seja para boas
atitudes e boas ações, como não apenas doar sangue, mas doar a vida, doar os
bons pensamentos, doar bom comportamento, doar princípios saudáveis e doar a
certeza de que estamos nessa terra, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, por uma
única razão: existe um Deus que começou tomando a iniciativa da doação de
sangue para nós. E o que nós podemos fazer, como os jovens, é apenas seguir o
exemplo desse Deus. Que Deus abençoe a todos vocês. Contem com esses jovens,
contem com essa Igreja, contem com esse Deus para o que der e vier. Obrigado.
(Palmas.).
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Pastor Moisés Mattos está com a
palavra.
O SR. MOISÉS MATTOS: Excelentíssimo Sr. Presidente desta Casa,
Ver. Elói Guimarães, demais Vereadores, meu amigo Ver. Elias Vidal, é com
grande satisfação e respeito que a Igreja Adventista do Sétimo Dia recebe esta
homenagem feita especialmente aos seus jovens. Eu me sinto bastante feliz em
poder falar nesta tribuna, neste momento. Além de agradecer, de coração, por
esta homenagem, eu quero dizer que o que fizemos é, na verdade, um dever. Por
quê? Porque a sociedade olha para nós, religiosos, da mesma maneira que olha
para os políticos, e, muitas vezes, questiona os nossos verdadeiros motivos
para fazer as coisas.
Quero
dizer que a Igreja Adventista tem um programa baseado em três pontos
principais, naquilo que Jesus Cristo fez e ensinou enquanto viveu, aqui, neste
mundo: Ele pregou, ensinou e curou. Nós trabalhamos com o ministério da cura,
por meio de um trabalho exemplar, através de hospitais, clínicas e assistência
social na área de Saúde, ensinando as pessoas não apenas a curarem as
moléstias, mas a prevenirem essas moléstias, ou seja, fazemos um trabalho de
medicina preventiva. Trabalhamos na área de Educação, com o maior sistema
educacional protestante do mundo, com mais de um milhão e meio de alunos. E
trabalhamos no sistema de pregação, com as nossas Igrejas. E entendemos que, em
tudo isso, nós devemos trabalhar em prol do ser humano. Devemos adorar a Deus,
falar com Deus, mas não esquecer do próximo que está ao nosso lado.
Uma
igreja deve estar comprometida com a sociedade, deve estar comprometida
especialmente com aqueles menos afortunados, com aqueles para os quais a vida
não deu tanto. Por isso a Igreja Adventista existe, para ligar o homem ao céu,
porque a palavra religião quer dizer - Sr. Presidente, e o senhor bem sabe -
religar, religar o homem a Deus.
Mas,
acima de tudo, nós queremos prestar à sociedade, na qual estamos inseridos,
amor, solidariedade, paz e queremos ser um diferencial onde quer que nós
estejamos.
Os
20 milhões de membros que esta Igreja tem no mundo estão aí para fazer o que
Cristo fez, que é repartir amor, repartir solidariedade e minorar o sofrimento
num mundo que envelhece piorando.
Então,
em nome da Igreja Adventista do Rio Grande do Sul, dos seus mais de 50 mil
membros, dos mais de 11 mil alunos da nossa rede escolar neste Estado, eu
gostaria, de coração, Vereador, de agradecer por esta homenagem. Mas que esta
seja uma de muitas ações que a Igreja pode fazer.
Srs.
Vereadores, amigos, a Igreja Adventista é uma Igreja aberta aos grandes
projetos que possam mudar o mundo, que possam minorar o sofrimento das pessoas,
para que elas se tornem cidadãos de bem nesse mundo, preparando-as para a vida
eterna. Um abraço a todos e muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães):
Nós estamos encerrando este comparecimento extremamente importante, requerido
pelo Ver. Elias Vidal, com as presenças do Pastor Odailson Almeida Fonseca, do
Pastor Moisés Mattos e também do Sr. Ivan Batista de Souza, que é membro da
Missão Sul-Riograndense da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Gostaria de
cumprimentar e agradecer, e não tenham dúvida de que estamos agradecendo, em
nome da Cidade, por aquela magnífica campanha de doação de sangue, liderada
pela Igreja Adventista, pelo Pastor Odailson, pelo Ver. Elias, enfim, por todos
nós. A Câmara teve a oportunidade de estar junto na campanha, também, com
outras instituições da Cidade.
Foi
efetivamente um grande serviço prestado ao próximo, aos nossos irmãos, quando
se mobilizaram todos aqueles jovens, adultos, pessoas da comunidade, e se fez
aquele mutirão pela defesa da vida, pela defesa da Saúde, com os diferentes
hospitais e principalmente com o Hemocentro do Estado do Rio Grande do Sul.
Portanto,
à Mesa já mencionada, ao Ver. Elias, mais uma vez, as nossas saudações. Estão
suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se
os trabalhos às 15h24min.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães – às 15h25min): Estão reabertos os trabalhos.
Passamos
ao
Hoje,
este período é destinado a assinalar o 50º Aniversário da Sociedade Helênica em
Porto Alegre, proposto pelo Ver. Nereu D'Avila.
Convidamos
para compor a Mesa: o Sr. Alexis Efremides, Presidente do Conselho Deliberativo
da Sociedade Helênica em Porto Alegre; a Srª Theópi Varvakis, Presidente da
Diretoria Executiva da Sociedade Helênica em Porto Alegre; o Sr. Jean
Vardaramatos, representante do Conselho de Cidadãos Honorários de Porto Alegre
– ele e também a Srª Teóphi são Cidadãos Honorários de Porto Alegre; a Srª
Helen Vranas, Secretária e Diretora Eclesiástica da Sociedade Helênica em Porto
Alegre; o Dr. Dimitrius Samios, ex-Pró-Reitor da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, ex-Diretor do Instituto de Química da Universidade Federal.
O Ver. Nereu D’Avila, proponente desta homenagem,
está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de tempo do Ver. Dr.
Goulart.
O SR. NEREU D’AVILA: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores. (Saúda os componentes
da Mesa e demais presentes.) Não sabemos a época exata em que os primeiros
imigrantes gregos se fixaram no Brasil. O enorme território deste hospitaleiro
País, os muitos portos considerados pontos de entrada e a falta de dados
oficiais nos fazem ser cautelosos.
Temos, porém, dados de que, em 1841, desembarcou no
Rio de Janeiro Ioannis ou Michael Kalógeras e sua esposa Ioulia, procedentes da
ilha de Kerkira, e pais de Pandiá Kalógeras, que se destacou na vida política
brasileira entre os anos 1914 e 1919.
Entre
os primeiros gregos imigrantes está o ateniense Othonas Leonardos e, em 1849,
desembarcaram os comerciantes das famílias Rális e Rodocanákis. Enfim, entre os
imigrantes gregos pioneiros destacamos também Savas N. Savas, que se fixou em
Florianópolis. Porém, o número de gregos entre as décadas de 1900 e 1910 não ultrapassava
60. Esse número aumentou significativamente após a Primeira Guerra Balcânica,
porém a emigração grega em grupo começou após a 2.ª Guerra Mundial. Entre os
anos de 1946 e 1951 chegaram oficialmente ao Brasil 1682 gregos imigrantes e,
de 1952 a 1964, quando vigorou o Acordo Grego-Brasileiro, chegaram ao Brasil
10.790 gregos.
No início, os imigrantes instalaram-se nos grandes
centros industriais e posteriormente se espalharam pelo Interior. Hoje, nossos
compatriotas residem definitivamente em muitas cidades brasileiras e em dez
capitais existem comunidades gregas organizadas, onde, na maioria, os membros
não dispõem de recursos para conservar o idioma grego, a religião ortodoxa,
costumes e tradições e, em geral, a identidade étnica e cultural. Existem
comunidades organizadas nas maiores capitais do Brasil, inclusive em Porto
Alegre.
A necessidade de uma convivência amiga com troca de
idéias, recordações da pátria-mãe, a oportunidade do diálogo na língua grega e,
principalmente, a participação no culto religioso fizeram surgir a Sociedade
Helênica de Porto Alegre.
Assim, em 1953, foi alugada uma sala na Rua
Riachuelo, que serviu de início como ponto de encontro dos imigrantes gregos.
Isto não era o suficiente, porque faltava o principal: uma igreja. Depois de
várias reuniões, o Sr. Apóstolos Korantzis, um dos membros do grupo, entendendo
que as possibilidades de comprar um terreno e construir uma igreja eram muito
remotas, senão inexistentes na época, devido à falta de recursos, pois recém
tinham chegado ao Brasil, decidiu doar um terreno de sua propriedade, junto com
um chalé de madeira, na Rua Monteiro Lobato, nº 312, bairro Partenon. Logo o
chalé foi transformado em igreja e com a presença do padre Iossif Herren foi
celebrada a primeira Santa Missa Grega Ortodoxa.
Em 28 de janeiro de 1955 foi fundada a Sociedade
Helênica de Porto Alegre e constituída uma comissão para assumir as primeiras
providências necessárias. Em 24 de maio de 1955, a Sociedade adquiria a sua
personalidade jurídica; no dia 11 de setembro de 1955, foram realizadas as
primeiras eleições para a Diretoria Executiva e Conselho Deliberativo.
Com a formação da Sociedade, o número de
participantes começou a crescer e logo a igreja começou a ficar pequena.
Decidiu-se construir uma igreja maior, de alvenaria, que pudesse acolher a
todos.
Assim, em 1966, o Bispo da América do Sul, Aristias
Meletios, abençoava o lançamento da pedra fundamental da nova igreja. Concluída
a construção da igreja, notou-se que havia necessidade de construir também um
apartamento para o padre e um salão para os eventos e festas da Sociedade. Por
isso, em 1973, foi comprado o terreno que fazia fundo com o terreno da igreja e
lá começou a se levantar, em 1976, um edifício de três andares: no térreo, o
salão principal de eventos, uma grande cozinha e um conjunto de toilette;
no segundo piso, uma sala de aulas e os escritórios da Sociedade; e, no
terceiro, um salão de jogos, um pequeno bar e o apartamento paroquial.
Hoje este conjunto, praticamente pronto, é o
orgulho da nossa sociedade e daqueles que tanto se empenharam pela sua
concretização. Ao longo dessas quase quatro décadas, a Sociedade tem sido um
marco de união, de encontros e de amizades.
Neste
ano, ao completarmos 50 anos de fundação, nós festejaremos o dia do oXi –
dia do NÃO - não ao nazifascismo que dominava a Europa na 2ª Guerra Mundial.
Quero saudar também a comunidade helênica que nos prestigia
nesta tarde, dizendo que a Câmara de Vereadores, representante de toda a
sociedade porto-alegrense, não poderia olvidar esta parcela importante do berço
helênico; aliás, Grécia, berço da democracia, berço de liberdade, berço
inclusive do governo reunido em praça pública e resolvendo o seu destino.
Portanto, ao completar 50 anos desta imigração grega, da
criação da Sociedade Helênica em Porto Alegre, nós saudamos a todos. Temos
importantes personalidades, o Ver. João Dib, outro dia, homenageou o Sr. Jean
Vardaramatos, que aqui se encontra e levou o transporte e o desenvolvimento a
bairros como Cavalhada, Glória, Belém Velho.
Temos,
também, ilustres e eminentes professores, como o Professor Dr. Dimitrius
Samios, na área da Educação da Pró-Reitoria de Recursos Humanos da UFRGS, na
Direção do Instituto de Química da UFRGS; na área do Judiciário, o Sr. Ângelo
Giannakos, também nome importante que convive com a nossa sociedade
porto-alegrense.
Portanto,
neste ano que a Sociedade Helênica, cuja história acabei de ler, comemora 50
anos de existência em nosso Estado, estamos todos aqui, em conjunto, dando
parabéns, e que esta irmandade helênica continue convivendo conosco, porque nós
vivemos, graças a Deus, em liberdade, em democracia, em fraternidade, e temos
muita satisfação em não deixar de lembrar qualquer etnia, qualquer raça,
qualquer civilização que conviva conosco, que adote a nossa cultura. Afinal,
somos todos do mesmo sangue, somos pessoas que às vezes falamos línguas
diferenciadas, mas todos temos os mesmos sentimentos, quando são bons, de
adorar os nossos deuses, de prestar homenagens aos nossos líderes, enfim, da convivência
entre os povos. Por isso é muito importante a convivência da Sociedade
Helênica, há 50 anos instalada neste Estado.
O
Sr. Carlos Todeschini: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Queria cumprimentá-lo, Ver.
Nereu D’Avila, pela escolha, pela iniciativa, de homenagear a Sociedade
Helênica. Em nome da nossa Bancada do Partido dos Trabalhadores, e dos demais
Vereadores, também porque Porto Alegre é uma cidade que acolheu
muitas etnias, assim como a sociedade grega, a sociedade helênica, está
marcada, de forma importante, com o seu povo, com as suas lideranças e também
com o fato de trazer para o seio de Porto Alegre uma cultura importantíssima,
fundamental para a nossa civilização. Meus cumprimentos!
O Sr. Claudio Sebenelo: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Eu quero falar dessa sua iniciativa
magnífica e do seu discurso maravilhoso, com pesquisas, com uma ilustração
fantástica dessa história helênica. Para nós, “falar grego” era falar difícil,
porque usávamos a expressão quando não nos entendíamos. No entanto, hoje a
cultura superou a Língua e trouxe para cá a magnificência da Grécia, não só
cultural, mas tão brilhante, tão linda, tão histórica e tão disseminada pelo
mundo todo. Eu vi agora o filme Temperos da Vida e acho que todo mundo tem de
ver esse filme, pela magnífica aparição grega, com toda a sua beleza natural,
com a sua rusticidade. Ao mesmo tempo, para a gente parar e pensar que há cinco
mil anos tinha início, para o Ocidente, essa base, esse aporte cultural fantástico,
mas não só cultural, pois é um povo maravilhoso.
A Srª Maristela Maffei: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Brevemente, como Bancada do
Partido Socialista Brasileiro, há poucos dias fazíamos uma homenagem aqui a uma
pessoa tão querida e ilustre da nossa Cidade, bem como a outros que já
estiveram também nesta Casa recebendo títulos de Cidadão e Cidadã de Porto
Alegre, e quero dizer que nós devemos muito, sim, ao conceito e à civilidade
vindos da origem, da Grécia, e muito na questão da universalização da cultura,
o berço do Direito. O Vereador sabe, como jurista, quanta influência, apesar de
toda uma disputa de filosofia entre os romanos e os gregos, nós trouxemos para
o nosso berço, e ainda bem, porque lá nós tivemos os primeiros ensaios das
nossas experiências participativas e hoje, numa evolução, continuamos também
construindo a civilidade. Portanto, parabéns, e sejam sempre muito bem-vindos a
esta Casa.
O Sr. João
Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Nereu
D’Avila, quero cumprimentá-lo pela homenagem que presta aos 50 anos da
Sociedade Helênica. Nesses últimos 50 anos, muitas vezes eu tive a felicidade
de participar de eventos da Sociedade e pude ver o carinho que eles têm, não só
os que nasceram aqui, filhos de gregos, mas os gregos que vieram da Grécia, o carinho que eles têm pela nossa
Pátria e pela nossa Cidade, portanto a homenagem é muito justa. E, quando se
fala em Grécia, nós não podemos esquecer da Grécia milenar que nos ensinou
democracia, que nos ensinou artes, ciências e tantas coisas boas para o mundo
de hoje, além das olimpíadas. Saúde e PAZ!
O
SR. NEREU D'AVILA: Obrigado,
Ver. João Dib. Concluindo, todos que aqui comparecem nesta homenagem puderam
ouvir a palavra de alguns Vereadores e de algumas Lideranças. Por intermédio da
nossa palavra, temos o conjunto da nossa representatividade parlamentar, e o
sentimento é um só: da alegria dessa convivência por esses 50 anos, e que, por
muitos anos, isso continue a ocorrer; tendo a certeza de que a descendência e
as novas gerações já estão aclimatadas no nosso Estado e no nosso País.
Que
todos sigam o seu destino para os seus lares, com seus familiares, com os seus
afetos, com a nossa mais expressiva saudação de convivência amiga, e que nós
todos tenhamos, na construção da sociedade gaúcha, o mesmo ímpeto, o mesmo amor
à tradição. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Convidamos
o Ver. Nereu D’Avila a proceder à entrega de Diploma alusivo pela data
comemorativa ao Sr. Alexis Efremides, Presidente do Conselho Deliberativo da
Sociedade Helênica em Porto Alegre.
(Procede-se
à entrega do Diploma.) (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O
Sr. Alexis Efremides, Presidente do Conselho Deliberativo da Sociedade Helênica
em Porto Alegre, está com a palavra em Grande Expediente.
O
SR. ALEXIS EFREMIDES: Em
primeiro lugar, gostaria de agradecer esta magnífica homenagem ao Ver. Nereu
D’Avila, ao Presidente da Câmara, e agradecer a presença de toda esta
quantidade de pessoas ilustres que estão aqui participando desta homenagem;
agradeço, em especial, aos Srs. Vereadores e as Sras. Vereadoras, aos
integrantes da Sociedade Helênica de Porto Alegre aqui presentes, demais
membros da comunidade grega, demais autoridades presentes e membros da
imprensa.
Eu
queria, inicialmente, dizer que a vida do imigrante é uma aventura de muita
coragem, de muita iniciativa, não é para pessoas de pouca fibra. O imigrante,
antes de tudo, tem coragem e desejo de vencer, e isso acontece com todas as
etnias, inclusive com os gregos.
A
situação da Europa, no final da 2ª Guerra Mundial, era calamitosa. Todos os
países desenvolvidos estavam praticamente destruídos, sem trabalho, sem
emprego, sem energia elétrica, sem água; era, realmente, trágico se compararmos
com a situação confortável que vivemos hoje. Na Grécia, a situação foi um pouco
pior ainda, porque, ao final da 2ª Guerra Mundial, nós tivemos mais quatro anos
de guerra civil, internamente. Enquanto outros países da Europa já estavam
retomando a sua atividade econômica, reconstruindo os seus países, a Grécia
ainda estava em guerra civil. E só em 1949, com o final do conflito interno, é
que a Grécia pôde retomar o seu crescimento, o seu progresso. Foi muito difícil
para os jovens gregos da época permanecer na Grécia.
A
Grécia teve um movimento de emigração muito intenso, podemos destacar,
principalmente, Estados Unidos, Argentina, Austrália e Alemanha, onde há uma
presença muito grande de gregos. No Brasil, a colônia grega é mais fortemente
concentrada em São Paulo, e a colônia aqui de Porto Alegre é de médio porte,
mas com muita representatividade, com muita integração no tecido social e com
muita participação dentro da sociedade.
Todos
os gregos acabam se integrando aqui à sociedade porto-alegrense, constituindo
as suas famílias, entrando no mercado de trabalho, e esta integração de todas
as famílias que eu conheço - e conheço todas de famílias de gregos aqui -,
todos ficaram tão integrados, que hoje posso afirmar, com certeza, que todos os
gregos que migraram para cá não são mais apenas gregos, são gregos e são
brasileiros também.
Meu
pai veio para cá ainda jovem. Com 20 anos chegou a Porto Alegre, conheceu uma
brasileira, casou-se com ela, teve seus filhos aqui, teve seus negócios aqui,
teve seu destaque social, como todos outros gregos. Podemos destacar famílias
ilustres, me perdoem se eu esqueci alguma, mas será impossível citar todas, eu
lembro de imediato os Simeonidis, os Vardaramatos, Varvakis, Giannnakos,
e tantas outras famílias integradas e reconhecidas aqui.
Por
outro lado, o Rio Grande do Sul, em especial Porto Alegre, mostrou-se muito
acolhedora a todos os imigrantes, inclusive aos gregos.
Fico
feliz por não ter falado nada em grego, falei apenas em português, mas para não
passar em branco, eu digo: muito obrigado, Porto Alegre! EΥhaphSW ∏WΛh, Porto Alegre!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A
Srª Theópi Varvakis, Presidenta da Diretoria Executiva da Sociedade Helênica em
Porto Alegre, está com a palavra em Grande Expediente.
A
SRA. THEÓPI VARVAKIS: Boa-tarde,
eu me sinto feliz de estar aqui para comemorar os 50 anos da Sociedade Grega em
Porto Alegre. Eu cheguei ao Brasil em 1954 e em Porto Alegre em 1959. Sou feliz
por estar vivendo aqui, me sinto orgulhosa por ser grega e sou feliz porque
vivo no Brasil. Eu adoro o Brasil e adoro a Grécia; são dois Países
maravilhosos que a gente tem que amar, nós, mais precisamente. Eu agradeço a
toda comunidade grega que me escolheu para dirigir a nossa comunidade.
Queria
dizer que a Grécia é um País que sofreu muito. Falaram de 1944 a 1948, que foi
a nossa pior época, porque não era mais uma guerra geral, era uma guerra civil,
pois a Grécia queria se livrar do comunismo.
Naquele
tempo, eu estava na faculdade. Sofremos muito. Terminei a faculdade em 1948,
quando terminou o nosso sofrimento, e a Grécia ficou livre dos países
comunistas, e começamos a viver livres, em um País democrático.
A
democracia é a melhor coisa que a gente tem no coração e na vida. Sem
democracia não existe felicidade para os povos. Sem democracia não podemos
viver. Não podemos viver com uma só pessoa dirigindo um País.
Com
a democracia, ficamos orgulhosos de ser gregos, felizes de ser brasileiros.
Muito
obrigada a todos neste momento em que comemoramos 50 anos da nossa vida no
Brasil.
Agradeço
muito, fico muito orgulhosa por terem me escolhido para trabalhar, estamos
fazendo tudo para a união da nossa colônia, para vivermos com mais força e
melhor, aumentando a nossa Igreja, a nossa comunidade.
Muito
obrigada a todos. Desculpem o tempo.
Desculpem,
não citei o nome de todos os presentes, porque gosto de falar aquilo que me vem
ao coração. Obrigada.
O
Cônsul Honorário Grego mandou um Diploma para o nosso Vereador Nereu D’Avila e
escreveu embaixo: “Não é a tua Cidade que enobrece a tua estirpe, mas és tu que
enobreces a Cidade com o bom comportamento.”
Eu
sou uma pessoa que não gosto muito de ler. Então, a Helen vai ler. Muito
obrigada. (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
A SRA. HELEN VRANAS: (Lê.): “O Cônsul Honorário da Grécia em
Curitiba, jurisdicionado para os Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande
do Sul, concede ao Ver. Nereu D’Avila o presente Diploma de Honra ao Mérito
Comunitário, manifestando-lhe gratidão e apreço pela homenagem prestada pela
Câmara Municipal de Porto Alegre, pelo transcurso do Jubileu de Ouro da
Sociedade Helênica de Porto Alegre”.
Lembrando
ao honroso Vereador (Lê.): “Não é a tua Cidade que enobrece a tua estirpe, mas
és tu que enobreces a Cidade com o bom comportamento. Curitiba aos 20 dias do
mês de outubro do ano de 2005. Cônsul Honorário Constantino Comninos.”
(Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Nereu D’Avila irá receber o
Diploma encaminhado pelo Cônsul da Grécia.
(Procede-se
à entrega do Diploma ao Ver. Nereu D’Avila.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Nós estamos concluindo esta homenagem
justa ao povo grego, à Grécia, que é
o berço da democracia. Demos=povo; cracia= governo; governo do povo. Ali nasceu
exatamente a democracia.
Portanto,
nós estamos encerrando este Ato, cumprimentando os integrantes da Sociedade
Helênica, em especial o Sr. Alexis Efremides, Presidente do Conselho
Deliberativo da Sociedade Helênica em Porto Alegre; a Srª Theópi Varvakis; o
Sr. Jean Vardaramatos, representante do Conselho de Cidadãos Honorários de
Porto Alegre; a Srª Helen Vranas e o Dr. Dimitrius Samios.
Com
os agradecimentos da Casa, já feitos aqui pelo proponente da homenagem, estão
suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 15h55min.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães – às 15h58min): Estão reabertos os trabalhos da presente
Sessão.
A
Verª Clênia Maranhão está com a palavra em Grande Expediente.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, o aprofundamento do processo democrático se coloca
como algo central para os aprimoramentos éticos de nossa sociedade, assim como
condição indispensável para o desenvolvimento social e econômico de qualquer
sociedade.
No
Brasil, a Constituição de 1988 e outras legislações infraconstitucionais
incluíram avanços fundamentais na construção de novos instrumentos
democráticos, muitos deles já implantados no nosso País. Surgem, por exemplo,
Conselhos de Direitos e novos instrumentos de descentralização da gestão
pública. Porto Alegre, assim como o Estado do Rio Grande do Sul, mas,
fundamentalmente, a nossa Cidade, tem vivido importantes experiências de
participação comunitária: os Conselhos Comunitários implantados a partir do
Governo do então Prefeito Alceu Collares; o Orçamento Participativo vigente
nesses últimos 16 anos, na gestão municipal da nossa Cidade. Porém, o processo
histórico nos ensina que, para nos colocarmos à altura das mudanças, é preciso
não parar no tempo, não nos atermos aos títulos ou nos apropriarmos dos
processos sociais. Dentro dessa compreensão, vivemos um importante momento
nesse processo de aprimoramento de experiência democrática e de participação
comunitária. Entendo isso como algo fundamental para o aprimoramento da própria
democracia; compreendendo a democracia participativa como subsídio-aporte nas
decisões da democracia representativa - esta insubstituível - em qualquer
sociedade democrática.
Para
começar a implantar novas ações é preciso reviver o passado, manter as
conquistas da sociedade e implantar as mudanças exigidas pela história e pelos
processos de revisão advindos da sociedade.
Porto
Alegre avançou nos últimos anos e poderíamos resgatar, por exemplo, no ano de
2005, a implantação do Comude, muito defendido pelo Ver. Sebenelo, aqui nesta
Casa, e que propiciou uma série de debates políticos na nossa Cidade,
enriquecendo assim a discussão da relação entre os Poderes.
Hoje
nós vivemos, na nossa Cidade, uma fase fundamental do aprimoramento do processo
de participação comunitária, algo que se coloca dentro do conceito de uma
cultura solidária, da co-responsabilidade da sociedade. Eu me refiro à proposta
da Governança Solidária Local, uma metodologia, um conceito que procura
trabalhar o enfrentamento dos problemas concretos da Cidade. A Governança
Solidária Local é, na verdade, uma rede intersetorial, multidisciplinar, que se
organiza territorialmente para promover espaços de convivência capazes de
potencializar a cultura da solidariedade, a cooperação entre Governo e
sociedade. Essa realidade que começa a ser implantada tem, na sua essência, a
figura do cidadão gestor; procura construir as relações de contribuição,
trazendo para dentro da sociedade as potencialidades daqueles que detêm mais
renda, procurando, através da construção de mecanismos acionados pelo Governo,
solucionar os problemas concretos da sociedade como, por exemplo, o saneamento
básico, a falta de escolas e creches.
Hoje
a Governança Local Solidária já está em andamento nas 14 regiões de Porto
Alegre, preservando a história do Orçamento Participativo, aproveitando essa
experiência da sociedade porto-alegrense. Está avançando na construção dos
comitês gestores, coordenados pelos Conselhos Administrativos Regionais, que
conhecemos como CAR, e por uma rede de todos os agentes públicos, por meio do
deslocamento dos Secretários, do próprio Prefeito Municipal, dos dirigentes de
órgãos públicos, que se reúnem com as lideranças da comunidade, com os setores
empresariais da região, com as instituições públicas e privadas, detectando e
diagnosticando, a partir da vivência das lideranças comunitárias, os principais
problemas, muitos deles inclusive apontados nas reuniões do Orçamento
Participativo.
Estamos
procurando a construção da solução com base na informação, no diagnóstico e
nesse conceito de parceria, sem que jamais o Poder Público, Estado ou o
Município, abram mão da sua responsabilidade; busca, sim, construir um
mecanismo solidário, fazendo com que o cidadão não seja apenas um partícipe,
mas que seja um gestor de decisões políticas da sua comunidade. O objetivo é
levar o Governo junto à comunidade, identificando os problemas e buscando
soluções, muitas das quais são construídas no próprio momento da plenária, para
que assim se agilize a solução dos problemas cotidianos daquela população. É
uma rede que se organiza para agilizar a solução dos problemas, não
incentivando a disputa entre comunidades, mas priorizando a convergência, a
soma de esforços e a solução dos problemas objetivos.
Essa
é uma experiência da qual nós, Governo Municipal, realmente nos orgulhamos, que
não se contrapõe a nenhum outro procedimento democrático, que não se contrapõe
ao Parlamento; essa é uma experiência de convergência, de soma de esforços, que
faz com que este conceito de fortalecimento do Poder Público não seja
construído em cima de um conceito autoritário, mas é um conceito que se
constitui a partir da parceria, a partir do conceito de territorialidade,
porque cada território de uma cidade tem suas características próprias.
Nós
achamos que é impossível pensar em Porto Alegre ou qualquer cidade do mundo
como uma unidade homogênea. É preciso que visualizemos os tecidos sociais, esse
mosaico étnico, as experiências de cada bairro, as dificuldades de um bairro
que, em geral, são diferentes das do bairro vizinho. Mas ninguém melhor do que
as lideranças que vivem naquela região, ninguém melhor do que aqueles que
convivem com esse cotidiano para apontarem a sua problemática. Cabe ao Governo
a gestão dessa articulação política, cabe ao Governo a articulação das forças
sociais no enfrentamento desse problema.
Para
concluir, Sr. Presidente, quero dizer que é uma experiência inicial. Mais uma
vez Porto Alegre se coloca como uma cidade de vanguarda na busca das soluções
dos seus próprios problemas.
Então,
eu queria convidar as Sras Vereadoras e os Srs. Vereadores para se
fazerem presentes na próxima reunião da Governança Solidária Local que vai
acontecer no CAR Leste, no Centro Administrativo Regional dessa parte da
Cidade, na Rua São Felipe, n.º 144, na próxima quarta-feira, dia 26, às 19h30min.
Seguramente será uma experiência extremamente importante porque seremos
partícipes de um processo construtor da democracia e da responsabilidade
social.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Está encerrado o período de Grande
Expediente. Antes de passarmos às Comunicações, a Verª Maristela Maffei falará
para prestar contas da viagem que fez representando a Casa.
A
Verª Maristela Maffei está com a palavra em Tempo Especial.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, senhoras e senhores, estive representando esta Casa em Brasília,
onde discutimos dois temas que considero relevantes para a sociedade de Porto
Alegre e também para o nosso Estado e o nosso País.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Passamos às
É possível que muitos dos que pretendem votar Sim
estejam com a idéia de que dessa forma estarão contribuindo para que os
bandidos sejam desarmados. Da maneira com que o assunto está sendo colocado, a
campanha do Sim e do Não mais parece a do Bem contra a do Mal. E não tem nada a ver e nem é verdade que
aqueles que defendem o Não são contra a paz. Em defesa do Não há muita gente
boa, até padres e pastores que bem conhecem os caminhos da contravenção e do
crime. É porque votar pelo Sim, neste Referendo, é dar ao bandido um
salvo-conduto para o crime, pois com a proibição do comércio de armas só
sobrarão as ilegais, ou seja, só o bandido terá armas. E são os bandidos,
sabemos, os responsáveis por 90% dos crimes impunes, porque o registro de armas
oferece a possibilidade para que a polícia rastreie o assassino. Mas o bandido
não registra armas, adquire do contrabandista, e é enorme o tráfico de armas,
principalmente vindas do Paraguai.
Sou
de opinião que esse Referendo está sendo feito de maneira imprópria e
precipitada, em momento político muito difícil para o País, quando todos
acompanhamos uma crise moral e ética muito grave que atinge o Governo Federal,
sem contar o dispêndio de 270 milhões de reais que, segundo alguns entendidos,
poderá chegar a 600 milhões de reais.
Considero
que seria muito salutar se fossem dadas ao povo brasileiro oportunidades de
discutir e opinar sobre assuntos muito mais urgentes e importantes como a
educação, o planejamento familiar e a melhoria das condições de vida da
população que vive em estado de pobreza. Essas deveriam ser as prioridades do
Governo para chegarmos a uma sociedade mais justa e equilibrada, em que a
violência diminuiria naturalmente.
Já
falei diversas vezes – e acredito que fui uma das primeiras Vereadoras a trazer
esse tema para a tribuna – sobre a incoerência desse Referendo e ouvi várias
manifestações de colegas Vereadores contrárias as minhas; umas bem inflamadas,
outras menos, não importa. O que vale é trazer para esta Casa, que é a
representação legítima do povo de Porto Alegre, uma ampla discussão, dando o
devido tempo e oportunidade para amadurecermos o assunto. Não que esse tempo
tenha sido suficiente, é pouco para algo tão importante em nossas vidas, que
mudará radicalmente a vida de todos os brasileiros. Mas já deu para constatar
alguns absurdos oferecidos pelas inverdades na propaganda do Sim. Uma fraude,
um ato eleitoreiro desesperado, como bem definiu o jornalista Paulo Sant’Ana na
crônica de hoje. E digo, com toda a certeza, porque tenho lido muito - o Ver.
Dib, Líder de minha Bancada, até ri porque eu estou sempre cheia de material -,
mas é que para poder opinar com segurança, eu quis me informar até da “turma do
Sim”. E eu quero dizer para vocês, com toda a certeza, que o Brasil não tem
problema com armas. O cidadão honesto sempre teve dificuldades legais e
econômicas impostas pelo Governo para adquirir armas. É baixo o número de armas
registradas. O maior problema do Brasil é o banditismo e os bandidos têm as
armas que querem, a qualquer hora, sem controle, e isso vai continuar,
senhores, pois não há fiscalização nem eficiência para evitar o tráfico de
armamentos.
Para
mim, o Governo está colocando “a carreta na frente dos bois”; quer proibir o
comércio legal de armas de fogo, quando deveria colocar recursos na
fiscalização e vigilância nas vertentes do comércio ilegal de armas e munições
que correm soltas.
E,
para finalizar, Sr. Presidente, gostaria de apontar alguns dados históricos
muito importantes: em 1929, a União Soviética desarmou a população, e, de 1929
a 1953, cerca de 20 milhões de dissidentes - impossibilitados de se defenderem
- foram cassados e exterminados; em 1911, a Turquia também desarmou a população
trabalhadora, e de 1915 a 1917, um milhão e meio de armênios - impossibilitados
de se defenderem - foram cassados e exterminados; em 1938, a Alemanha desarmou
a população ordeira, e, de 1939 a 1945, 13 milhões de judeus e outros
não-arianos - impossibilitados também de se defenderem - foram cassados e
exterminados. Pensem bem, isso é uma afronta ao povo brasileiro. Obrigada.
(Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O
Ver. Ervino Besson está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do
Ver. Elias Vidal.
O
SR. ERVINO BESSON: Sr.
Presidente, Ver. Elói Guimarães; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores;
senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e no Canal 16 da TVCâmara,
eu queria saudar a todos.
Primeiramente, eu queria agradecer ao Ver. Elias
Vidal por ter me cedido seu tempo no período de Comunicações, e ao mesmo tempo,
também, mais uma vez saudá-lo por essa brilhante iniciativa de ter trazido
aqui, hoje, pessoas de seu credo religioso que conseguiram mostrar, através de slides, um trabalho belíssimo que ele
está fazendo junto aos drogados e agora junto aos doadores de sangue, o que
acho muito importante. Vamos doar sangue e órgãos, assim poderemos salvar
muitas vidas.
Hoje pela manhã, mais uma vez, fui procurado por
alguns moradores da nossa querida Porto Alegre a respeito - parece que já foi
falado pelo Ver. Maurício Dziedricki há poucos dias - das pichações na nossa
Cidade. A Cidade está pedindo socorro! Muitos moradores estão pedindo socorro a
esta Casa devido às pichações da nossa Porto Alegre, Ver. João Antonio Dib. Uma
dessas pessoas – que até me pediu que não falasse o seu nome aqui, me implorou,
porque está um pouco assustado – construiu um prédio com muita dificuldade;
durante muitos anos fez economia e construiu esse prédio com capricho e muita
luta. E na primeira semana, quando o prédio ficou pronto, ele acordou de manhã
e viu que estava totalmente pichado. E, com restos dos recursos que lhe
sobraram - que foram poucos -, ele conseguiu repintar o seu prédio. Qual foi a
surpresa desse cidadão? No terceiro dia, Ver. João Antonio Dib, ele acordou e
novamente o prédio estava totalmente pichado. Disse-me ele: “Não me restou
outra alternativa, eu sentei na calçada durante meia hora, descarreguei os meus
nervos chorando”.
Na cidade de Porto Alegre, há locais belíssimos.
Meu caro Presidente, há poucos dias, nós, um grupo de Vereadores, estivemos na
Zona Norte e tivemos a oportunidade de ver, com os próprios olhos, as
pichações, inclusive em prédios públicos; ninguém respeita a beleza da nossa
Cidade.
O Sr. Carlos Todeschini: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Ervino, eu cumprimento V. Exª, de
fato, é só ver na Av. Bento Gonçalves, por exemplo, do Colégio Champagnat em
direção ao Centro, numa distância muito grande, que cem por cento dos prédios
são pichados. Agora, há um problema que eu creio ser o fato gerador disso: o
descontrole e a sujeira em que se encontra a nossa Cidade. A Cidade está muito
suja e isso autoriza o vandalismo; esse tipo de ato, que suja mais ainda, vem
nesse embalo, vem nessa onda toda.
O SR. ERVINO BESSON: Vereador, eu
não concordo com V. Exª, não tem nada a ver as pichações com a limpeza da
Cidade. Sinceramente, eu acho que nós temos aqui é que combater as pichações.
Vossa Excelência pendeu para um outro lado, eu acho, sinceramente, que o seu
aparte não colaborou nada para o meu discurso.
O Sr. Maurício Dziedricki: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Eu gostaria de contribuir com V. Exª no
que diz respeito ao problema das pichações, tanto as pichações no mobiliário
público da nossa Cidade, bem como em propriedades particulares.
Verdadeiramente, é uma vergonha! Eu quero registrar que discordo, frontalmente,
do que o Ver. Todeschini afirma aqui, porque o problema de Porto Alegre estar
suja vem de muito tempo, e não será permitido, porque está suja agora, que
possa ser pichada. Eu dou o exemplo do Instituto de Educação que,
verdadeiramente, é uma calamidade o que está posto naquelas paredes, mensagens
sem sentido, que não são deste Governo, que não estão marcadas pelo tempo do
Governo Fogaça. Isso vem de muito tempo, por falta de políticas que realmente ensinem a juventude a
colocar suas mensagens de maneira positiva.
O
Sr. Maurício Dziedricki: Para
concluir, Presidente e Vereador, se me permite, na Rua Valado existe uma casa
de propriedade particular em que os proprietários chegaram a ponto de colocar
um espaço reservado para pichação, porque insistentemente, depois de quatro
pinturas da casa, viram-se obrigados a fazer um dispositivo para a pichação, e
nem isso foi possível, porque picharam toda a casa e deixaram aquele espaço em
branco!
O
SR. ERVINO BESSON: Obrigado,
Vereador.
O
Sr. Sebastião Melo: V. Exª
permite um aparte?
O
SR. ERVINO BESSON: Lamento,
Ver. Sebastião Melo, o meu tempo está esgotado.
Para encerrar, Sr. Presidente, inclusive as paradas de
ônibus do bairro Partenon estão uma tristeza. Sinceramente, isso nos deixa
desanimados, porque o pessoal não respeita. São órgãos públicos, são
patrimônios nossos, e essas pessoas não têm um mínimo de respeito. Eu acho que
nós temos que estudar algo aqui para que possamos amenizar o problema da nossa
Cidade.
O
SR. ERVINO BESSON:
Amenizar esse problema, pois essas pessoas não têm consciência do malefício que
causam à nossa Porto Alegre. Esses pichadores têm que botar na consciência que
eles estão estragando o visual daquilo que é deles mesmos. A Cidade é nossa,
eles estão fazendo essa barbárie com o visual da nossa Cidade. Sinceramente, é
uma tristeza o que a gente vê, a nossa Porto Alegre suja por causa dessa gente
irresponsável. Obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O
Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo
do Ver. Haroldo de Souza.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, eu queria continuar o debate sobre pichação e dizer
ao Ver. Besson que, ontem, eu passava por um dos locais mais bonitos de Porto
Alegre, o Parque Farroupilha, Verª Margarete, ele foi repintado e está “lindo
de morrer”, lindo, o Instituto de Educação General Flores da Cunha, o manancial
de educação jorra daquele Instituto. Já nos primeiros dias de pintura - ele
estava bonito, recuperado - está completamente crivado de grafites de mau
gosto, ininteligíveis, em geral, e incompetentes. Nós abominamos essa agressão
ao patrimônio por pessoas que não têm o mínimo senso coletivo, porque é uma
obra que não é deles, é da Cidade. O prédio tem uma produção maravilhosa,
histórica. Arquitetonicamente ele é lindo, está dentro de um Parque magnífico,
e quando, de março até dezembro, se enche das moças da Cidade que lá estudam –
hoje é um colégio misto –, o panorama é lindo.
O
Sr. Gerson de Almeida:
V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Acho que é muito importante
a discussão, porque o Instituto Flores da Cunha é extremamente importante, até
pelos afrescos no seu interior. Eu queria chamar a atenção para uma outra
situação: o busto do Brochado da Rocha, que foi recuperado há dois anos, obra
do saudoso Vasco Prado, foi roubado e todo depredado. Então, tem havido uma
escalada de depredações dos monumentos e prédios públicos, e, de fato, vale a
pena debater este tema, analisar, aqui na Câmara, por que essa escalada está
acontecendo, para ver se há medidas possíveis a serem tomadas, porque nós não
podemos nos render a esse tipo de situação.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO:
Perfeito. Muito obrigado pelo seu aparte, que enriqueceu o meu pronunciamento,
e eu queria falar exatamente sobre a questão dos monumentos da Cidade.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Esse
foi merecido. Aliás, o jogo de ontem chama-se “mata-secador”.
O
Sr. Alceu Brasinha: Mas,
Vereador, não foi ontem.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO:
Não, claro que eu me solidarizo com V. Exª!
O
Sr. Alceu Brasinha: Mas
deixaram assinado e disseram: “colorado”. Ainda botaram até a data e o dia em
que picharam o meu caminhão.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Mas
é gremista que diz que foi colorado, só para disfarçar.
O
Sr. Alceu Brasinha: Não,
eu acho que não! Obrigado, Vereador.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: O
jogo de ontem chama-se “mata-secador”.
É
o seguinte: nós gostaríamos de reproduzir para vocês uma visita feita ao
orquidário do Parque Farroupilha. Lá nós encontramos inúmeros documentos
recolhidos. Um dia desses, conversando com Carlos Tenius, nosso genial
escultor, que tem uma das obras mais lindas da Cidade, que é essa homenagem aos
açorianos aqui do lado, de uma inspiração que só os gênios têm - pois eu
conversava com ele, que me dizia: “A arte do escultor não pode ficar dentro de
um gabinete, a criação não pode ficar trancafiada a sete chaves; a criação tem
que ir para a rua, porque a praça é do povo, o monumento é do povo, a arte é do
povo”. E essa idéia monumental do Tenius expressa em entrevistas, em conversas,
em colóquios, a sua privacidade, e fica totalmente contrariada por aqueles
monumentos belíssimos feitos por artistas gaúchos, de altíssimo nível de
exigência artística, pois eles ficam dentro, fechados, porque, se pusermos na
rua, eles serão depredados e, mais do que isso, serão roubados, derretidos e
vendidos como sucata.
Então,
é essa tragédia que a Cidade vive. E a perda dos seus símbolos, a perda dos
seus elementos de expressão faz com que tenhamos uma arte fechada, quando na
verdade ela deveria ser aberta e figurar em todas as ágoras da Cidade.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O
Ver. João Carlos Nedel está com a palavra em Comunicações.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr.
Presidente, Vereadores e Vereadoras, efetivamente o problema da pichação é
muito sério, revela, espelha a nossa sociedade. Isso é preocupante! Pichações
em todos os lugares, em prédios públicos, prédios particulares, em viadutos, em
monumentos históricos, dando um prejuízo imenso a todos, e é justamente o povo
que paga isso tudo novamente. É um problema sério de educação.
Hoje,
vinha saindo aqui da Câmara, e alguns jovens simplesmente pararam defronte ao
meu carro, eu tive que parar para eles poderem sair. Hoje vemos pedestres
atravessando a rua, desafiando os carros e dizendo: “Espere que já vou sair”.
Embora estejamos numa pista de alta velocidade, o pedestre fica desafiando,
passando tranqüilamente, ou seja, demonstrando uma falta de educação, uma falta
de sensibilidade, uma falta de respeito à pessoa!
Isso
me preocupa porque nós somos legisladores, e os problemas estão também nos
desafiando. Esses problemas devem ser solucionados pelos políticos. Sim, por
nós políticos! E o que nós estamos fazendo?
Preocupam-me, Sr.
Presidente, inúmeros Projetos que nós temos aqui na Câmara para serem
discutidos e votados: temos o Veto do ITBI; temos agora a discussão do
Orçamento, que é a Lei mais importante deste Município, que nós vamos ter de
estudar, emendar e votar; temos o Projeto sobre o horário dos bares e
restaurantes; temos o meu Projeto sobre a proibição de fumo em lugares
fechados; temos outros inúmeros Projetos que temos de debater.
E
o que me preocupa é que ontem não tivemos quórum; isso é preocupante e revela
falta de sensibilidade de nós, políticos. A sociedade está nos pagando, a
sociedade não tolera mais a quantidade de impostos que são cobrados. Ontem,
ainda, estive na reunião da Federasul, e todos os dirigentes empresariais
reclamaram da elevada carga tributária que não suportam mais. Reclamaram também
da imensa burocracia criada pelo setor público e nós não conseguimos
diminuí-la; e, às vezes, pelo contrário, criamos mais burocracia.
Mas
eu queria falar, no tempo que me resta, de um Projeto aprovado nesta Casa sobre
as pedreiras e que não foi implantado ainda. Esperamos que agora, com relação
às pedreiras, que esse Projeto com as PPPs seja aprovado. (Mostra reportagem.)
Mas este recorte de jornal é de um concerto acontecido numa pedreira lá no
Município de Itaara, em Santa Catarina: quase cinco mil pessoas estiveram lá
para ouvir a OSPA num teatro implantado dentro de uma pedreira. E em Porto
Alegre existem as nossas pedreiras com grande oportunidade para turismo e estão
aí abandonadas. Esperamos que com a aprovação do Projeto das Parcerias
Público-Privadas, isso seja finalmente implantado. Muito obrigado, Sr.
Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu preciso fazer uma
análise dos trabalhos nesta semana: nós não produzimos nada. Na segunda-feira
tivemos dois comparecimentos, Tribuna Popular, Grande Expediente, Comunicações
e Comunicação de Líder, e quando ainda havia dez minutos de tempo até que se
encerrasse a Sessão, este Vereador propôs ao Presidente que colocasse uma
reunião conjunta das Comissões, sob a Presidência do Ver. Ibsen, para analisar
o Parecer do Ver. Luiz Braz, que neste momento Presidente a Sessão, sobre a
Parceria Público-Privada. Se nós tivéssemos feito essa suspensão e tivéssemos
colhido os votos, como seria correto, a Sessão estaria suspensa, os dez minutos
permaneceriam e nós poderíamos tranqüilamente ter aprovado ou rejeitado o
Parecer do Ver. Luiz Braz. Mas nós simplesmente não fizemos nada. Decidimos que
íamos analisar o Veto. E é claro que nós não analisamos o Veto. Ontem, surpreendentemente
faltou o quórum, tendo 30 Vereadores na Casa. A pressa em fazer o registro dos
Vereadores foi uma coisa muito séria. Mas nós tivemos a Tribuna Popular, ontem?
Não. Mas, de qualquer forma, hoje começamos com a Tribuna Popular, depois
comparecimento - que nem existe no Regimento - e ainda se dá diploma no
comparecimento. Tivemos uma homenagem justa à Sociedade Helênica, mas dentro do
Grande Expediente. E agora são 16h50min, provavelmente hoje não faremos nada.
Quero
alertar a Casa que, na próxima semana, começaremos a discutir, em Pauta
Especial, o Orçamento para o próximo ano. São seis Sessões consecutivas, uma
hora de discussão em Pauta Especial, depois vem a Pauta comum, depois as
Comunicações - nas segundas e quintas-feiras - e ainda o Grande Expediente.
Acho
que temos de deixar de lado os comparecimentos, deixar de lado as homenagens, e
a própria Tribuna Popular, se for o caso.
Temos
datas precisas, marcadas, para que entreguemos o Orçamento votado para o
Prefeito Municipal; e se não cuidarmos do tempo, vamos continuar não fazendo
nada.
E
o pior de tudo: em todos os comparecimentos e homenagens que aqui se prestam,
ninguém presta atenção ao homenageado ou àquele que aqui comparece. Nós
assistimos a blocos de Vereadores, quando há Vereadores em plenário, falando em
voz alta, enquanto a pessoa homenageada não é ouvida.
Mas,
de qualquer forma, fazemos comentários sobre o que eles disseram, sobre o que
eles pretendem, como se fôssemos dar solução aos problemas aqui apresentados.
Portanto,
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, acho que é chegada
a hora de deixarmos de lado os comparecimentos, porque chegamos no grande
momento do ano: a discussão do Orçamento para o ano que vem.
Temos,
ainda, de decidir o salário dos municipários, temos uma série de problemas que
precisam ser votados, e se não tomarmos cuidado com o tempo, com
comparecimentos, que nunca ficam em dez minutos, sempre vão muito mais longe -
são 16h55min agora -, teremos a dificuldade de vermos continuadas, até o final
do ano, as nossas Sessões.
Penso
que coloquei uma posição minha. De repente, se eu disser que 36 Vereadores é
muito Vereador, alguém é capaz de ficar brabo, então não vou dizer, só vou
pensar. Trinta e seis é muito Vereador! Hoje, eu diria que talvez 11 Vereadores
estejam me ouvindo - esse é um número muito bom de Vereadores na Câmara
Municipal de Porto Alegre.
Eu
não me incomodo que a presidência também não me ouça, não faz diferença
nenhuma. (Palmas.)
Mas
fica registrado: ou nós trabalhamos, ou nós vamos receber críticas
desnecessárias, nas ruas da Cidade, de que só fazemos homenagens e homenagens,
que nem nós damos a elas o apoio que merecem. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): A
Verª Margarete Moraes está com a palavra em Comunicações.
A
SRA. MARGARETE MORAES:
Vereador Luiz Braz, que preside os trabalhos, Vereadoras e Vereadores, eu
queria dizer que votarei Sim no dia 23, por várias razões que já explicitei
nesta Casa, mas eu queria sintetizar essa idéia, em primeiro lugar, porque
acredito nas instituições. Eu acredito nas instituições democráticas deste País
e acredito que os órgãos de segurança têm obrigação de proteger os cidadãos e
as cidadãs do nosso Estado, do nosso País.
Eu
fiquei muito estarrecida, Verª Mônica, quando ouvi o Secretário da Segurança
Pública do Rio Grande do Sul dizer que vai votar pelo Não. Ou seja, acredita
que a polícia não tem condições de defender as pessoas. E mais estarrecida
ainda, porque há vinte anos ouço dos órgãos de segurança - municipal, estadual
e federal - que as pessoas não devem reagir a um assalto, eu aprendi isso, já
passei por essa situação há 12 anos, não reagi e não aconteceu nada, eu queria
fazer esse comentário.
Em
segundo lugar, eu queria dialogar com o Ver. Nedel e dizer que ontem, na sessão
de quarta-feira, Ver. Ervino, não houve quórum. Eu quero lamentar que não houve
quórum. E o Ver. Mario Fraga acusou a Bancada do Partido dos Trabalhadores por
não dar quórum. É preciso dizer para as pessoas de Porto Alegre que são 26
Vereadores da Bancada do Governo, da Bancada Governista, e o quórum mínimo para
entrarmos na Ordem do Dia é de 19 Vereadores. E a Bancada Governista não
consegue juntar 19 Vereadores para que essas sessões possam se realizar. Então,
não aceito essa idéia.
Eu
quero cumprimentar o Ver. João Antonio Dib, porque há excesso de
comparecimentos, isso cria uma situação muito antipática, porque parece que a gente é
contra aqueles que estão sendo homenageados aqui, que merecem. Mas deveria ser
um comparecimento por semana; e deveria também, Ver. João Antonio Dib, haver um
regulamento em relação ao comparecimento, pois estão sendo impossíveis o debate
e o discurso político nesta Casa, porque é só comparecimento e só homenagem.
Eu também queria dialogar com a
Verª Clênia Maranhão, mas ela não se encontra aqui, infelizmente, e dizer que
eu não consigo entender bem esse conceito de Governança Solidária. Eu acredito
que seja uma tentativa válida e legítima do atual Governo Municipal para
superar o instituto democrático que é o Orçamento Participativo. O Orçamento
Participativo é a causa de Porto Alegre estar no mapa internacional, hoje, como
a Capital da democracia. O Orçamento Participativo foi o que gerou o Fórum
Social Mundial em Porto Alegre.
E eu acho que é válido, que é
legítimo procurar a sua superação, sinceramente. A minha dificuldade está em
compreendê-la na prática. Porque para superar alguma coisa é preciso manter as
demandas, é preciso dar cumprimento às demandas do Orçamento Participativo, é
preciso cuidar da Cidade. Eu quero concordar com o Ver. Todeschini: a Cidade
está muito mal cuidada, está muito suja, o trânsito está emperrado, eu nunca vi
a cidade de Porto Alegre nessa situação como está hoje, pelo menos nos últimos
dezesseis anos - hoje ela está totalmente descuidada. É por isso que eu não
consigo entender este conceito de Governança Solidária.
Por fim, o
meu assunto principal, eu queria falar na questão do funcionalismo, nesse
Projeto do Executivo que propõe uma política salarial aos servidores. Eu acho
que esse não é um Projeto, Ver. Gerson, é uma certidão de óbito, pois enterra a
bimestralidade, elimina para sempre uma política que tinha regularidade, que
não era uma política eventual para o funcionalismo.
É verdade
que a Administração anterior interrompeu e chamou os municipários e explicou:
nós estávamos além da margem prudencial, estávamos atingindo a Lei de
Responsabilidade Fiscal. Mas nós cumprimos por 14 anos. Por 14 anos e meio nós
garantimos ao funcionalismo a bimestralidade. Cumprimos rigorosamente. E nós
não acabamos com a bimestralidade, nós a suspendemos; e o Governo Municipal,
dentro da sua respeitabilidade, chamava o Fórum de Entidades e reconhecia esse
passivo.
Também gostaria de dizer que a Administração atual
fez um panfleto, entregou para os municipários, dizendo que eles não precisavam
mais do que 4,51% porque era a categoria pública - considerando os níveis
Municipal, Estadual e Federal - que mais tinha recebido aumento nos últimos 16
anos. Então, eu quero questionar isso. Nós sabemos que a situação financeira da
Prefeitura é extremamente delicada, mas eu não acredito que o limite
determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal esteja sendo atingido. Não sei
de onde vem esse percentual de 4,51%; não há indexador, não há uma referência
permanente. Portanto, não há política salarial. E, de uma maneira autoritária,
o Executivo manda este Projeto para cá.
Neste momento, eu quero fazer um apelo sincero e
dramático para os demais Vereadores desta Casa, a Bancada Governista, para que
aprove o Requerimento que foi assinado pela Bancada do PT, através da Verª
Sofia, para que retire de tramitação este Processo e a gente continue - o
Governo, o Executivo - conversando e buscando alternativas para a categoria dos
municipários. Muito obrigada. (Palmas.)
(Não revisado pela oradora.)
(O Ver. Elói Guimarães reassume a presidência dos
trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Mario
Fraga está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Márcio
Bins Ely.
O SR. MARIO FRAGA: Sr. Presidente,
Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste pela
TVCâmara, neste momento estou falando no tempo do Ver. Márcio Bins Ely e queria
fazer uma saudação especial ao nosso colega DJ Cássia Gomes, que assumiu mais
uma vez na Câmara Municipal de Porto Alegre, e é da nossa Bancada, do PDT, e de
quem tenho a satisfação de ser amigo particular. Então, para nós, é uma
satisfação estarmos com ele, novamente.
Vou começar pelo tema levantado pela Verª Margarete
Moraes, que acabou de citar o meu nome e é uma pessoa por quem tenho muito
carinho, muito respeito aqui na Casa. Mas, infelizmente, ontem, Vereadora, uma
parte da sua Bancada, a Bancada de Oposição - o Ver. Adeli estava em
representação da Casa -, tirou o quórum e às 15h25min, nós paramos de trabalhar.
Ninguém vai para a casa dormir, nem nada, mas, quando nós tínhamos que votar
alguns projetos para a Cidade, nós paramos de trabalhar em prejuízo da nossa
causa, que é a Câmara Municipal de Porto Alegre; em prejuízo das leis que nós
temos de votar. Parte da Bancada do PT não registrou suas presenças no nosso
painel, e estou falando isso, porque a Verª Margarete Moraes, por quem tenho um
grande carinho, falou no meu nome, e isso já foi usado em outras vezes, mas
estão sempre nos cobrando. Então, nós somos obrigados pela TVCâmara ...
O Sr. Ervino Besson: V. Exª
permite um aparte?
O SR. MARIO FRAGA: Ver. Ervino,
desculpe-me, mas não vou lhe dar aparte, porque se não serei obrigado a
fornecer outros apartes. Vou tratar de cinco assuntos aqui, inclusive um que
consta no jornal Zero Hora – em que é difícil ter notícias boas -, de hoje,
comentando a comemoração que os pacientes fizeram com o mutirão de cirurgias.
Nós estamos satisfeitos com o editorial do jornal Zero Hora do dia de hoje,
pois no seu Caderno de Saúde, pelo Rio Grande, Verª Sofia, comenta que
pacientes comemoram os mutirões de cirurgias. Não sou eu, não é o Ver. Mario
Fraga que está dizendo, é o jornal Zero Hora. São mais de 3.291 pacientes, e
mais 900 estão esperando e estão conseguindo as cirurgias no prazo. Essas
cirurgias deveriam ter sido feitas há cinco anos, e agora, no Governo Fogaça,
nós conseguimos fazê-las.
A nossa Secretaria de Esportes, através do Vereador
João Bosco Vaz, apresentou um Projeto na Câmara sobre o incentivo ao esporte
amador - que é uma das nossas metas de campanha -, da nossa Cidade, e que daqui
a alguns dias será votado por este Plenário, como também entrou o Projeto do
Refis na Secretaria Municipal da Fazenda, que já está em andamento. Queremos
também divulgar aqui que para o IPTU e o ISSQN temos um plano de financiamento
para pessoas que estavam inadimplentes nesta Cidade com relação a estes
impostos. E agora também, para a nossa surpresa, e uma surpresa boa e
agradável, Verª Mônica, o DMAE também vai parcelar o pagamento do Refis. O Ver.
João Antonio Dib, que já foi Diretor daquela autarquia, sabe que lá há muitos
processos pendentes por atraso ou por falta de pagamento, em especial dos
moradores da nossa Zona Sul, no Extremo Sul - em algumas casas os relógios foram
trancados, ou trocados, pois as pessoas não têm dinheiro para pagar a conta e
fazem alguma coisa indevida para se beneficiarem e terem o abastecimento de
água. Então o nosso Governo, o Governo Fogaça, implantou o Refis no DMAE. A
Cidade precisa ficar sabendo que há, na Secretaria Municipal da Fazenda, no
DMAE, o Refis. Haverá o Projeto sobre o parcelamento do ITBI que será votado
aqui na Câmara.
E nós assinamos nesta última semana, na terça-feira
ou quarta-feira, um acordo com a ATP; um processo que começou, sim, na
Administração passada, que é a bilhetagem eletrônica, mais uma promessa de
campanha do Fogaça que está sendo cumprida. Foi assinado um contrato no valor
de aproximadamente 30 milhões de reais, um processo que vinha se arrastando
desde 2001, e foi implementado pelo Governo Fogaça - hoje já está assinado. Ou
seja, o Prefeito Fogaça cumpre as promessas de campanha e daqui a algum tempo
os usuários do transporte coletivo pagarão a mesma passagem e poderão andar
duas, três vezes no mesmo ônibus, em percursos diferentes.
Verª Mônica Leal, infelizmente uma notícia triste:
a nossa Segurança pública, na parte que diz respeito ao Extremo Sul, ainda não
está resolvida. O Ver. Carlos Comassetto tem, sim, uma proposta de Comissão
Externa para tratarmos da Segurança pública do Extremo Sul, mas pelos trâmites,
pela burocracia desta Casa, tudo é demorado. Espero, Ver. Carlos Comassetto,
que consigamos fazer esta Comissão antes que aconteça uma tragédia, visto que
300 novos brigadianos tomaram posse nesta Cidade no dia 27 de setembro, e antes
disso eu já tinha pedido uma audiência, por intermédio da Verª Mônica, com o
Secretário, que infelizmente não conseguiu nos atender, ainda. Eu queria levar
para a audiência todos os Vereadores que quisessem participar desta Comissão.
A Srª Mônica Leal: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador Mario Fraga, minha funcionária
chegou neste momento ao plenário com a informação de que o Secretário José
Otávio Germano receberá V. Exª e o Ver. Carlos Comassetto, entre segunda e
quarta-feira.
O SR. MARIO FRAGA: Era isso. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. ALDACIR OLIBONI: Sr.
Presidente, só para registrar, porque senão fica aqui elas por elas: o nobre
Vereador disse que nós não estávamos no plenário, e isso é uma questão
regimental.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Vereador
Aldacir Oliboni, isso é uma questão de debate; V. Exª utiliza um momento...
O SR. ALDACIR OLIBONI: Mas não pode
largar o nome das pessoas como se ninguém quisesse trabalhar, não é assim. Isso
foi uma manobra regimental feita ontem...
(Apartes anti-regimentais.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Já coloquei, é
uma matéria de debate e tem que ser feito pelos expedientes regimentais. É isso que eu
encareço aos Srs. Vereadores e as Sras Vereadoras.
O Ver. DJ Cassiá Gomes está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. DJ CASSIÁ GOMES: Boa-tarde Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores e demais presentes
nesta Casa. Eu não poderia deixar de usar a tribuna para parabenizar uma das
melhores obras que se discutiu, hoje, aqui, apresentada há pouco neste
plenário: o Projeto desenvolvido para dar vida àquelas pessoas que precisam de
sangue, por intermédio da campanha Projeto Mais Vida, do nosso colega Ver.
Elias Vidal. Até este momento foi o processo de melhor produção que esta Casa
teve dentre os apresentados.
Eu não sei exatamente, mas eu assumo uma vez por mês
a Vereança e até este momento não se votou nada ainda! Talvez eu esteja dando
azar, Ver. Haroldo, por quem eu tenho um respeito muito grande.
Então, eu gostaria que se votasse alguma coisa,
hoje, ainda. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Não há mais
Lideranças inscritas. (Pausa.) A Verª Sofia Cavedon solicita a palavra para uma
Comunicação de Líder. Vou encarecer aos Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras que solicitem tempo de Liderança com a devida antecedência, senão
ingressaremos no próximo período da Sessão. A Verª Sofia Cavedon está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, esta discussão que traz o Ver. Mario Fraga, nós
vamos entendê-la como choro da situação que necessita da minoria para conseguir
cumprir suas tarefas com o Governo Municipal. É isso que está colocado.
Como minoria, a nossa Bancada vai usar todas as
possibilidades regimentais, porque há um trabalho político, desde o início do
ano, para que não sejamos ouvidos, considerando o histórico de patrola que a
maioria tem operado nesta Casa. E o Regimento que regra esta Casa está aí para
ser utilizado.
Ontem, a nossa Bancada avaliou que não deveria
entrar na Ordem do Dia, porque fez uma avaliação política de que havia temas
para os quais não tínhamos condições de impingir a nossa marca, temas
importantes como os PPS, a discussão dos municipários; não achamos que era o
melhor dia. Isso é legítimo, defensável, respondível e apresentável para toda a
comunidade.
Porto Alegre tem que saber que há uma Bancada
minoritária que não vai a reboque com a maioria que tem estabelecido políticas
aqui na Casa sem a discussão com a sociedade, políticas temerárias. A Bancada
do Partido dos Trabalhadores estará contribuindo, com a sua forma aguerrida,
inclusive impedindo de entrarmos na Ordem do Dia em alguns momentos. Agora, o
tema da Cidade, da limpeza da Cidade, da Saúde, é um tema sobre o qual queremos
nos debruçar com mais vagar.
Nós estamos preparando – aviso – um balanço do ano
do Prefeito Fogaça, um balanço que será feito pela comunidade. Nós estamos
acompanhando o processo do Orçamento Participativo. Vimos a forma como o Plano
de Investimentos veio para cá, uma discussão que não é a discussão legítima das
comunidades. Nós vamos exigir que, para além do discurso, se opere uma prática
verdadeira de participação popular. E em prova estará esta Câmara ao votar o
Orçamento, que deverá ser, necessariamente, resultado da discussão da cada
Região do Orçamento Participativo, dizendo o que deverá ser feito o ano que
vem, de que forma quer que o Orçamento seja aplicado, quais as obras dos PIs
anteriores que devem ser realizadas e que cara deve ter o PI 2006.
Na
área da Saúde - o Ver. Mario Fraga traz, aqui, o exemplo dos mutirões -, apesar
do relatório de gestão ter sido entregue, nesta Casa, numa reunião pública. Há
que se dizer que o relatório não é legível, e estamos procurando saber desse
relatório, do primeiro quadrimestre do ano de 2006. Nós já temos evidências
claras de que diminuiu muito, Ver. Mario Fraga, a disponibilidade de consultas.
A Saúde não melhorou – como dito em campanha -, mas ficou pior: são muito menos
consultas que estão disponibilizadas nos postos de saúde para atendimento da
nossa população, são problemas com remédios, com atendimento, com
encaminhamento cirúrgico. Ora! Coisa boa que é a realização de mutirões! O
Governo Federal tem belas políticas que o Governo Municipal está usufruindo –
e, se não usufruísse, nós cobraríamos isso aqui -, como o Programa Pró-Jovem,
como todo o recurso investido na Saúde, como todo o recurso investido na
Segurança pública. O que nós não vamos deixar passar barato é que o Estado do
Rio Grande do Sul - como já dito várias vezes, aqui, pelo nosso Líder, Ver.
Todeschini - não está repassando nada das suas obrigações no tocante à Saúde em
Porto Alegre. Ou seja, governos com a mesma base não dialogam, não se cobram?
Pelo contrário, parece que a Prefeitura Municipal terá de investir mais dos
seus recursos para suprir essa lacuna.
A
situação do lixo na Cidade é real: a Cidade está mais suja, Ver. Maurício.
Programas importantes sofreram descontinuidade, como o Programa Bota Fora, como
a coleta que havia sido ampliada em dias, em várias comunidades que vivem da
coleta do lixo. Há um descompasso, há um decréscimo na qualidade desse
atendimento. Os dias de chuva mostraram como está Porto Alegre: o trânsito está
caótico. É verdade que a cidade de Porto Alegre tem muitos automóveis em
relação aos seus habitantes, mas o que a gente observa é uma grande
ineficiência no sentido de se pensar em soluções rápidas, na presença dos
“azuizinhos”, nas respostas em relação ao trânsito.
E
eu poderia seguir falando: nós estamos na Semana da Alimentação, e a Secretaria
Municipal de Educação não só tentou terceirizar os serviços - mas teve que
recuar diante da reação das escolas -, como acabou com a compra direta de
produtos hortifrutigranjeiros, que era feita por três escolas na Zona Sul, em
parceria com os agricultores. Esse era um excelente projeto piloto, que deveria
ter sido estendido para esse ano, mas que simplesmente terminou.
E
eu ainda posso seguir falando das áreas de interesse cultural, um projeto que
não volta para cá; no Plano Municipal de Educação, um projeto que foi retirado,
e não há nenhuma discussão sobre isso, e etc., etc., etc. Realmente há um
Governo que, no seu primeiro ano, já demonstrou que a Cidade perdeu ao fazer
essa escolha.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Eu
havia falado em Ordem do Dia. Eu quero esclarecer que tive que me retirar por
alguns minutos e fui induzido a erro, isso porque, como regra, as Lideranças
falam após a Pauta, como eu vi que o Ver. João Antonio Dib havia falado, eu
falei em Ordem do Dia, mas nós não entramos na Pauta ainda.
O SR. MARIO FRAGA (Requerimento): Presidente, eu
gostaria de retirar da minha fala os nomes citados individualmente dos
integrantes do PT, e dizer que era parte da Bancada do PT.
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): V. Exª retira
os nomes. Eu agradeço. A Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente,
Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, em primeiro
lugar eu queria fazer uma referência. Hoje nós tivemos dois Grandes
Expedientes, e, no segundo, a Líder do Governo, e também da Bancada da situação
disse que estão fazendo aqui em Porto Alegre uma inovação de conceito, de
participação, e disse que ficarão fazendo experiências. Eu estou muito
preocupada, porque enquanto eles ficam pensando em fazer experiências com a tal
de desgovernança local, a nossa Cidade está se deteriorando, e aquilo que foi
conquistado pelos cidadãos de Porto Alegre, homens e mulheres desta Cidade,
está caindo aos pedaços. E se alguém duvida que é apenas um discurso, basta
andar pela nossa Cidade; se alguém duvida que é apenas um discurso, basta
conversar com as pessoas, porque é muito fácil fazer em quatro paredes algumas
coisas, e na vida real isso não existir.
Mas, senhoras e senhores, vamos falar de algumas
coisas boas, porque Porto Alegre está triste, mas a gente tem que trazer
algumas boas notícias, Ver. Todeschini, Líder da Bancada do Partido dos
Trabalhadores. Ver. Oliboni, nós discutimos em nível nacional o Estatuto do
Idoso, e foi aprovado, bem como o Fundo da Criança e do Adolescente. Mas o do
Idoso não havia ainda sido implementado, então havia vários direitos acertados
na Constituição, mas do Fundo não. E o Deputado Federal Beto Albuquerque, do
PSB, protocolou o Projeto de Lei n.º 6.015/2005, que (Lê.): “Institui o Fundo
Nacional do Idoso e autoriza
deduzir do imposto de renda devido pelas pessoas físicas e jurídicas as doações
efetuadas aos Fundos Municipais, Estaduais e Nacional do Idoso. (...) Terá como
receita: os recursos que foram destinados ao Fundo Nacional da Assistência
Social, para aplicação em programas e ações relativos ao idoso; (...) os
recursos que lhe forem destinados no Orçamento da União; contribuições dos
governos e organismos estrangeiros e internacionais; o resultado de aplicações
do governo e organismos estrangeiros e internacionais. (...) A pessoa jurídica
poderá deduzir do imposto de renda devido, em cada período de apuração, o total
das doações feitas aos Fundos do Idoso”.
Portanto,
senhoras e senhores, considero que é um avanço em relação às conquistas
estabelecidas por essa organização - inclusive é o ex-Vereador Cyro Martini que
preside essa instituição aqui na cidade de Porto Alegre -, estamos trazendo
essa boa notícia e com certeza todas as Bancadas que aqui estão farão eco nas
suas respectivas Bancadas – lá com a Bancada gaúcha também – para que nós
possamos aprovar esse importante benefício ao Fundo Nacional do Idoso.
Outra
questão importante, Sr. Presidente, senhoras e senhores, é que neste momento,
em Brasília, os Deputados Federais estão fazendo as suas emendas para as suas
comunidades. Ontem, discutindo com a equipe técnica do Dep. Beto Albuquerque,
debatíamos sobre emendas para várias instituições aqui na nossa Cidade, já que
a Governança local vai demorar bastante para fazer alguma coisa para a nossa
Cidade, em especial na área da assistência à criança e ao adolescente e na
questão da Saúde. Temos uma proposta aqui de discutirmos a iluminação nas
comunidades, na área da Segurança, porque, sem dúvida, a questão da iluminação
é fundamental para que também a gente possa, em especial nas periferias, ter um
espaço de lazer, e trazer a iluminação e a complementação das quadras, com
todos os equipamentos para os nossos jovens e adolescentes.
Não
poderia, Sr. Presidente, deixar de me referir que Porto Alegre tem de prestar
atenção no que está acontecendo e no que poderá vir a acontecer em relação ao
pequeno e ao médio comerciante desta Cidade, já que um grupo internacional,
norte-americano, está querendo se instalar em Porto Alegre e acabar de vez com
os nossos pequenos e médios comerciantes. Nós estamos atentos, vamos fazer movimentos
para que isso não aconteça, para que Porto Alegre possa cada vez mais se
estabelecer como uma Cidade plural e real aos nossos pequenos e médios
comerciantes, que são os que geram imposto, emprego e uma vida mais saudável em
nossa Capital e nosso Estado. Muito obrigada, Sr. Presidente.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Passamos
à
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1.ª SESSÃO
PROC.
N. 4291/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 119/05, de autoria da Ver.ª Manuela d'Ávila, que denomina Bira
Valdez a Sala da TV Câmara da Câmara
Municipal de Porto Alegre.
PROC.
N. 5585/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 262/05, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que
institui o Roteiro Turístico Oficial de Porto Alegre.
PROC.
N. 5785/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 274/05, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que
cria o Bosque dos Bravos no Parque Farroupilha, em homenagem aos vinte e um
gaúchos integrantes da Força Expedicionária Brasileira mortos em combate
durante a Segunda Guerra Mundial.
PROC.
N. 5786/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 275/05, de autoria do Ver. Maurício Dziedricki,
que denomina Esplanada da Restinga um logradouro não-cadastrado, localizado no
Bairro Restinga.
PROC.
N. 5822/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 021/05, que autoriza a alienação de próprios
municipais mediante investidura, destinando os recursos à implantação de
Programas Habitacionais e Equipamentos de Caráter Social e dá outras
providências.
PROC.
N. 5848/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 279/05, de autoria do Ver. Adeli Sell, que concede
o título honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Delegado Carlos
Miguel Locks Xavier.
PROC.
N. 5978/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 025/05, que desafeta da destinação de uso comum do
povo próprio municipal para fins de regularização fundiária através de
concessão de direito real de uso.
2.ª SESSÃO
PROC.
N. 5138/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 247/05, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que
dispõe sobre a instalação de banheiros químicos nos pontos de táxis do
Município. Com Emenda n. 01.
PROC.
N. 5977/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 024/05, que dá nova redação ao inciso VIII do
artigo 2º, da Lei n. 8.936, de 03 de julho de 2002. (Fundo Monumenta /altera
número de representantes de ONGs vinculadas à preservação histórico-cultural)
3.ª SESSÃO
PROC.
N. 5474/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 018/05, que cria o Fundo de Reaparelhamento e
Modernização da Procuradoria-Geral do Município – FURPGM e dá outras providências.
PROC.
N. 5685/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 268/05, de autoria do Ver. José Ismael Heinen,
que dispõe sobre o acesso de populações de baixa renda ao processo de
construção, reforma ou ampliação de moradias e dá outras providências.
PROC.
N. 5713/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 020/05, que autoriza a alienação aos lindeiros de
próprios municipais localizados na Av. Neusa Goulart Brizola.
PROC.
N. 5747/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 270/05, de autoria do Ver. Elói Guimarães, que
denomina Rua Fernando Antônio Pizarro Barata Silva um logradouro público
não-cadastrado, localizado no Bairro Mário Quintana.
PROC.
N. 5756/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 271/05, de autoria do Ver. Ibsen Pinheiro e outros,
que denomina Praça Mafalda Veríssimo o logradouro público cadastrado,
atualmente denominado Praça Buri, no Bairro Petrópolis, e revoga a Lei n.
1.434, de 19 de julho de 1955.
PROC.
N. 5824/05 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 022/05, que declara de utilidade pública a
entidade “Centro Comunitário Educacional Profissionalizante da Infância –
CEPI”.
PROC.
N. 5826/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N. 008/05, que dispõe sobre a criação do Tribunal
Administrativo do Contencioso Tributário do Município de Porto Alegre (TACT) e
dá outras providências.
PROC.
N. 2406/05 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 015/05, de autoria do
Ver. Carlos Comassetto, que acrescenta § 12 ao art. 70 do texto em vigor da Lei
Complementar n. 07, de 7 de dezembro de 1973, e alterações posteriores,
equiparando diversas atividades à produção primária, para efeitos de isenção do
IPTU.
PROC.
N. 2471/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 112/05, de autoria do Ver. Carlos Comassetto, que altera a redação do
art. 1º e inclui art. 1-A na Lei n. 6.643, de 18 de julho de 1990, que proíbe a
comercialização de brinquedos que sejam réplicas em tamanho natural de armas de
fogo, sendo vedado o porte, o uso e a manutenção ou disponibilização desses
brinquedos em creches, escolas de Educação Infantil e de Ensino Fundamental,
públicas ou privadas, localizadas no Município.
PROC.
N. 5680/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 267/05, de autoria do
Ver. Maurício Dziedricki, que denomina Rua Licerio Pires Barreto um logradouro
não-cadastrado, localizado no Bairro Agronomia.
PROC.
N. 5777/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 273/05, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Julieta Abbud um logradouro não-cadastrado, localizado no Bairro
Guarujá.
PROC.
N. 2559/03 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 010/03, de autoria do Ver. Aldacir Oliboni, que
altera a Lei Complementar n. 434, de 1.º de dezembro de 1999, e alterações
posteriores (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Porto
Alegre). Com Emenda n. 01.
PROC.
N. 5754/05 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 136/05, de autoria dos Vereadores Professor Garcia e Maristela Maffei, que concede o troféu Honra ao
Mérito ao Grupo LZ.
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães):
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu quero fazer a
análise de alguns Projetos em Pauta. O primeiro é a denominação de logradouros,
e eu quero me dirigir ao eminente Presidente Elói Guimarães. Daqui a 60 ou 70
anos, quando V. Exª desaparecer, terá uma avenida com seu nome, por favor, que
seja só “Ver. Elói Guimarães” e não “Elói Francisco Pedroso Guimarães”! Vossa
Excelência está denominando aqui uma Rua Fernando Antônio Pizarro Barata e
Silva. Tem que diminuir, para que a pessoa realmente seja homenageada, senão
vão esquecer o nome dela.
O
Ver. Ismael Heinen pretende instituir o roteiro turístico oficial de Porto
Alegre. Aparentemente, a Emenda, eu diria para ele que não vale, não tem
sentido o Projeto de Lei, mas ele pretende uma série de coisas importantes,
sim, para a promoção turística em Porto Alegre. Então, eu acho que a Emenda não
está correta em relação ao Projeto que ele propõe.
O
mesmo Vereador propõe o Bosque de Bravos do Parque Farroupilha, para homenagear
os Pracinhas gaúchos que morreram na Guerra que foi de 1939 a 1945, e ele
propõe que sejam plantadas 13 árvores em filas corretas, destacando-as com o
nome das pessoas. Eu sugeriria ao Vereador que procurasse o Secretário do Meio
Ambiente e propusesse o plantio dessas árvores, pois eu acho que ele
conseguiria muito mais rapidamente.
O
Prefeito Municipal pede (Lê.): “... que seja autorizada alienação de próprios
municipais mediante investidura, destinando os recursos à implantação de
programas habitacionais e equipamentos de caráter social e dá outras
providências.” Eu acho o Projeto muito interessante, vamos terminar com a
burocracia, mas é preciso que, uma vez efetivada essa alienação, a Comissão de
Finanças da Casa tome conhecimento das avaliações.
Também o Prefeito encaminha um Projeto (Lê.) “...
que desafeta da destinação de uso comum do povo o próprio municipal para fins
de regularização fundiária através do direito real de uso.”
Eu fico muito preocupado, quando a grande
Procuradoria da Municipalidade dá ao Prefeito um Projeto de Lei como esse texto
para que ele coloque a sua assinatura. Eu, na realidade, adivinhei onde é que
se situam as áreas que o Prefeito quer alienar. Porque ele fala Quadra 1,
Quadra 12, Quadra 13, mas ele não fala de qual loteamento. Quer dizer, o
Prefeito não pode estar cuidando de todos esses detalhes.
Eu acho que eu adivinhei, é na Vila Jardim. Também
eu gostaria de lembrar que, nesse caso da Vila Jardim, no passado, já houve
desafetação de áreas como essas impugnadas na Justiça.
Então, eu gostaria que a douta Procuradoria do
Executivo pudesse olhar com muito mais cuidado esse documento que deu para que
o Prefeito assinasse e encaminhasse para a Casa. Eu não gosto muito de Direito Real de
Uso, mas não tenho outra maneira de colocar o problema
senão chamando a atenção de que deve ser mais bem apresentado e não da forma
como foi apresentado aqui, falando em Quadra 1, Quadra 13, sem dizer onde é que
se situam essas quadras. Lá no meio se encontra uma citação da Rua Ipê e da Rua
dos Prazeres, portanto eu sei que é na Vila Jardim, mas essa Quadra 1, Quadra
2, Quadra 5, enfim, elas estão deslocadas, e eu não encontro no Projeto de Lei
uma condição da Comissão de Justiça dizer que pode votar.
Há a Quadra 1, a Quadra 4, a Quadra 12, a Quadra 13
e depois a Rua Jardim também, confesso que não conheço a Rua Jardim, entre as
Quadras 36 e 40. Mas, como eu disse, tendo a Rua Ipê e a Rua dos Prazeres, eu
sei que é na Vila Jardim.
Portanto, eu acho que este Projeto de Lei deve ser
reformulado, dever ser melhorado
na sua redação, para que nós possamos fazer uma análise com tranqüilidade e um
Projeto de Lei que se transforme em lei - claro, preciso, conciso -, para que
seja respeitado. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Excelentíssimo
Sr. Presidente desta Casa, Ver. Elói Guimarães; mui dignas colegas Vereadoras,
Vereadores, de acordo e conforme o nobre colega Antonio Dib falou, entraram em
Pauta mais dois Projetos de nossa autoria, que eu julgo importantes - um para o
desenvolvimento do nosso turismo -, aliás, os dois são importantes, e o outro
que me vou ater mais, Ver. João Dib, refere-se ao Bosque dos Bravos.
Nós
temos aquele monumento na Redenção - da FEB -, mas a nossa história, da
participação do Exército do Brasil na 2ª Guerra Mundial, deixou, nos campos da
Itália 21 mortos, 21 gaúchos, e desses 21 gaúchos, um é porto-alegrense de
nascimento.
Nós
não temos em Porto Alegre nem nome de rua para homenageá-los. Eu pesquisei e
não existe nenhum nome de rua desse porto-alegrense, que fez parte da FEB e que
morreu nos campos da Itália.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador Ismael, eu
acho a sugestão de V. Exª muito bonita; são 21 pitangueiras em duas linhas de
10, uma centrada para fazer o destaque dos 21 Pracinhas. Mas eu sei das
dificuldades de aprovar leis nesta Casa, por isso que eu disse a V. Exª e digo
agora vis-à-vis: procure o Secretário do Meio Ambiente, Beto Moesch, eu
acredito que ele vai ficar encantado com a idéia, porque realmente é uma idéia
bonita, é justa, e esses 21 Pracinhas merecem a nossa homenagem.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN:
Eu já troquei idéias com o Secretário, nobre Vereador, ele está entusiasmado, e
se o Projeto tivesse algum óbice, eu poderia fazer uma consulta à SMAM, que não
teria nada contra.
As
pitangueiras também são de propósito; o Colégio Militar se dispõe a cuidar do bosque; e
quanto às despesas decorrentes da construção de um pedestal para escrever, o
GBOEX também se comprometeria a colocar, porque seria despesa do Executivo.
Quer dizer, nada mais justo do que resgatarmos a
história daqueles que doaram, aliás, foram levados aos campos da Itália para
fazer a história democrática do nosso País.
Eu vejo como muito importante o Projeto de turismo.
Eu sei que há dificuldades, mas, de repente, em consonância com o Executivo,
pode ser um projeto do Executivo. O que eu vejo hoje de necessidade em relação
ao turismo em Porto Alegre é nós atuarmos em diversas áreas nos pontos
turísticos. Porto Alegre em si é um ponto turístico.
Eu tive uma experiência, anteontem, com crianças
pequenas, filhas de presidiárias e meninos de rua, numa “festa dos gnomos”, quando eu doei objetos pessoais
para a festa dessas crianças. Algumas mães dessas crianças não conheciam a
Avenida Ipiranga aqui em Porto Alegre. Quer dizer, esses pontos turísticos de
Porto Alegre, como já tenho outro Projeto de Educação nos colégios, poderiam
fazer parte de matéria escolar, mas principalmente servir na preparação para
receber o turista quanto à segurança, quanto à limpeza, quanto aos predicados
mínimos que deve ter para realmente segurar o turista. Para que o turismo seja
uma cultura em Porto Alegre, o próprio porto-alegrense tem de ser um turista da
sua Cidade.
Então, é nesses Projetos que eu vejo que há
necessidade de nós avançarmos.
Ouvi proposta do cercamento do
Parque Marinha. Existe o Projeto da Cidade Gaúcha, um projeto temático de 24
horas que seria fundamental para, além de nós mostrarmos as nossas tradições, a
Cidade crescer em receita com esse Parque da Cidade Gaúcha, com um mínimo de
investimento da Prefeitura ou talvez com aplicação das PPs com custo zero para
o Município.
Seriam esses os Projetos, e agradeço o interesse e
a atenção do nobre Ver. Dib quanto aos meus Projetos. Vejo isso como uma
atenção carinhosa. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Carlos
Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Elói
Guimarães; prezados colegas Vereadores, colegas Vereadoras, quero iniciar
fazendo um comentário e uma análise sobre o Projeto de Lei do Executivo Municipal
que é enviado a esta Casa para realizar a desafetação de algumas áreas públicas
municipais, para fim de regularização fundiária, através de concessão de
Direito Real de Uso, e falo principalmente aos colegas componentes da Comissão
de Constituição e Justiça, aos Vereadores Nereu, Ibsen Pinheiro, Márcio Bins
Ely, Todeschini, porque, nesta semana, fizemos um debate na CCJ sobre a análise
desse Projeto, e o Sr. Prefeito manda, neste momento, à Câmara de Vereadores,
para desafetar algumas áreas da Cidade que já estão ocupadas há mais de 30
anos, áreas públicas municipais, e assim o faz, porque o Estatuto da Cidade, no
que diz respeito à concessão de uso especial para fins de moradia, ainda não
está regulamentado, e o Projeto de Lei que apresentamos justamente regulamenta
o Estatuto da Cidade e cria o direito subjetivo para o Município de Porto
Alegre poder executar a regularização fundiária nessas áreas. O que quero dizer
com isso? Se o nosso Projeto for entendido por esta Casa e aprovado, o
Executivo Municipal não vai mais precisar mandar projetos de lei para desafetar
uma ou outra área, porque já está criado o direito subjetivo na cidade de Porto
Alegre, para que possa ser executada a regularização fundiária, e aqui nós
temos algumas. Na Vila Jardim, como já falou o Ver. João Dib, são quatro ou
cinco, mas nós temos, em Porto Alegre, hoje, em torno de 50 a 60 áreas públicas
municipais ocupadas há muitos anos por habitações populares. Portanto, venho a
esta tribuna fazer uma análise desse Projeto, que é bem-vindo do ponto de vista
da qualificação da Cidade. Mas eu gostaria de dialogar também com os colegas
justamente sobre o Projeto que está tramitando nesta Casa, e que está na CCJ,
que regulamenta o Estatuto da Cidade em Porto Alegre.
O
segundo Projeto de Lei que eu gostaria de comentar é de nossa autoria, que
tramita por esta Casa. Na realidade, é um Projeto que faz uma reforma numa
legislação já existente, que trabalha sobre o tema do desarmamento, e nós
estamos no momento oportuno e propício para fazer esse debate. É o Projeto de
Lei, no qual apresentamos uma Emenda à reforma da Legislação - que é de 1990,
ainda de autoria do Ver. Edi Moreli -, é sobre a proibição da comercialização,
utilização em creches e escolas infantis de brinquedos que representem armas de
fogo. Por que estamos apresentando este Projeto - e tivemos a felicidade de ele
vir em Pauta no momento prévio ao Estatuto do Desarmamento, agora no dia 23 de
outubro? Para que possamos dialogar com a Cidade, no sentido de construirmos a
cultura da paz.
Construir
a cultura da paz é qualificar as cidadelas, é qualificar o desenvolvimento para
que a tecnologia, a sabedoria e a inteligência estejam a serviço da cultura da
paz e não a serviço da cultura belicista, da cultura da guerra, da cultura da
morte. E o aprendizado na infância e na adolescência é o embrião que vai
direcionar a vida de todas as pessoas que convivem na cidadela.
Portanto,
ao aprovarmos um Projeto que proíbe a venda de brinquedos de armas de fogo em
Porto Alegre, vamos estar também orientando o conhecimento, a tecnologia e o
trabalho, para que construam e produzam brinquedos que venham a ser educativos,
que qualifiquem as relações socioambientais, que qualifiquem a convivência e
não que propiciem a disputa através da possibilidade da morte.
Então,
prezados colegas Vereadores e Vereadoras, esse Projeto tem como caráter fazer a
discussão da cultura da paz, defender o desarmamento, seja ele objetivo ou
subjetivo; e, neste caso, o desarmamento das crianças, no caso dos brinquedos
infantis, e que o comércio e a indústria se ocupem com a qualidade de produzir
inteligência para a vida, portanto, defendendo, inclusive, no dia 23 de
outubro, o Sim. Sobre esse nosso Projeto, voltamos a dizer: destrua as armas e
plante flores!
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª Maristela Maffei está com a
palavra para discutir a Pauta.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, quero parabenizar o Ver. Carlos Comassetto pela
iniciativa desse belo Projeto, da seriedade, do mérito do Projeto em relação à
questão da comercialização de brinquedos.
Existe
na Câmara Federal uma Frente Parlamentar que trata especificamente da questão
das propagandas, em especial no que diz respeito à criança e ao adolescente. Se
nós analisarmos os exemplos que nós temos assistido, da queima da etapa sexual
das crianças, do acirramento da violência, são as piores armas que existem,
porque, se nós pegarmos os filmes de crianças na Internet, nos canais fechados
ou abertos, é um abuso daqueles que têm em mãos os meios de comunicações, que
hoje são os maiores formadores de opinião mundial e que formatam exatamente a
filosofia que querem passar do consumo, da violência, da drogadição, da
destruição do ser humano, Ver. Comassetto. Se nós pegarmos, em especial, tudo o
que vem dos poderosos do mundo, como do Estado Americano, e a máscara do Bush,
que hoje é o melhor exemplo para propagandiar a questão da indústria bélica e
da violência de que tudo pode, que pode destruir, como a tolerância zero. Nós
vemos, hoje, nas instituições policiais, nos meios de comunicação, as
conseqüências dentro de casa, também nas escolas, quando nós vemos alunos,
filhos nossos, meninas e meninos usando armas, porque aquilo ali dá poder a
eles. Começa lá quando se dá um presente. Quantos pais, quantas mães, quantos
padrinhos, quantos tios, quantas tias dão de presente para os seus filhos um
brinquedo, uma arma! Então, nós temos várias drogas, várias armas para nós
começarmos a denunciar e a combater. Mas essa, Ver. Carlos Comassetto, é
importantíssima, porque começa um diálogo, quebra paradigmas que mostram aos
nossos filhos que não é natural a violência; o natural é o Tom e Jerry, é na Pantera
Cor-de-Rosa, é em várias formas...! É no Gasparzinho! Agora, são capazes de
botar na cabeça dos nossos filhos a roupa de iraquianos, como se eles fossem
bandidos, e botaram lá heróis yankees
para salvar o mundo! Como foi o filme do Tarzan, e como foram os filmes sobre
tantas outras coisas! Ele estava na selva, era um branco, o salvador que
consegue se relacionar com os animais! Ele era o salvador da pátria, o resto
era tudo selvageria.
Portanto,
Ver. Comassetto, esse tema que o companheiro coloca aqui traz vários outros
temas que temos de enfrentar, que temos de discutir, que é a questão das armas,
acima de todas as outras drogas, que matam a cultura, que desumanizam e que
desestruturam a família e a sociedade.
Como
Presidente da Frente Parlamentar da Criança e do Adolescente, bem como as
Vereadoras Sofia Cavedon, Margarete Moraes, Mônica Leal, Neuza Canabarro e Ver.
Sebastião Melo, que são signatários dessa Frente, com certeza,
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. João Carlos Nedel está com a
palavra para discutir a Pauta.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, primeiramente eu gostaria de registrar a visita que estou recebendo
do meu amigo Eduardo, que veio dialogar com um Vereador da Cidade. Muito
obrigado, Eduardo, pela tua visita.
Em
1ª Sessão de Pauta, um Projeto da Verª Manuela que denomina como Bira Valdez a
Sala da TVCâmara nesta Casa. É uma homenagem importante que, no meu
entendimento, merece o apoio desta Casa, porque Bira Valdez foi, efetivamente,
uma pessoa que acrescentou muito na área das comunicações em Porto Alegre.
Então, cumprimento a Verª Manuela pela oportunidade do seu Projeto.
O
Ver. José Ismael Heinen apresenta um Projeto que institui o Roteiro Turístico
Oficial de Porto Alegre. A idéia é muito boa porque precisamos estimular o
turismo em Porto Alegre, o turismo que gera emprego, que gera renda, que gera
impostos, enfim, que gera desenvolvimento. Nós precisamos estimular o turismo
na nossa Capital, que tem muitas atrações turísticas, sim. Temos o nosso lago
Guaíba, o turismo religioso, os nossos morros, embora abandonados, temos as
pedreiras, que poderão receber investimentos, as nossas ilhas, o nosso
ecoturismo, o Parque do Lami – e aqui eu vejo o ex-Secretário Gerson Almeida,
que teve papel fundamental na ampliação do Parque do Lami. Nós temos condições
de desenvolver o turismo na nossa Capital.
No
entanto, eu fico em dúvida se é realmente competência desta Casa instituir um
roteiro turístico. Eu acho que isso é competência do Executivo porque o roteiro
é dinâmico; o roteiro é de acordo com as necessidades da Cidade, do Executivo,
que a representa.
Já
a Procuradoria desta Casa deu um Parecer muito claro dizendo que a criação de
serviço público está em desconformidade com o artigo 94, inciso IV da Lei
Orgânica, o qual estabelece a competência privativa do Chefe do Poder Executivo
para (Lê.): “... dispor sobre a estrutura, a organização e funcionamento da
Administração Municipal”.
É
evidente que reconheço os méritos! A intenção é altamente meritória porque
precisamos incentivar o turismo em Porto Alegre. É um setor, repito,
multiplicador que interfere e promove o desenvolvimento em 32 setores da nossa
economia.
Portanto,
estimular o turismo é desenvolver a Cidade, é gerar bem-estar, é lutar pelo bem
comum da sociedade. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Encerrada a Pauta. O Ver. Luiz Braz está
com a palavra para uma Comunicação de Líder
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Elói Guimarães;
Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, senhoras e senhores, eu tenho por
costume chegar cedo aqui na Câmara Municipal, e talvez eu seja um dos últimos
Vereadores a deixar o recinto. Eu trabalho, faço as minhas visitas e retorno
para cá normalmente, no meu dia-a-dia. Gosto de participar das Sessões, não das
Solenes; das Solenes praticamente eu não participo, mas em todas as Sessões
Ordinárias eu estou presente.
Eu
acho que é comum o que aconteceu no dia de segunda-feira, quando uma Bancada
aqui da Casa, fazendo uma manobra regimental, resolveu não dar quórum. Acho que
nós deveríamos mexer no nosso Regimento para não permitirmos que isso pudesse
acontecer outras tantas vezes. Agora, como nós temos no nosso Regimento esse
artifício, eu acho que ele pode ser utilizado pela Bancada que se sente
prejudicada com a seqüência da Sessão, e por isso mesmo se utiliza dessa “arma”,
para que, de repente, o jogo político possa ser colocado dentro de um campo que
esta Bancada realmente quer fazer.
Eu
acho que isso não diminui a Câmara. Nós estamos com uma Câmara Municipal bem
composta; os Vereadores são muito interessados. Eu já participei de várias
composições da Câmara e realmente vejo que esta Câmara, sem querer fazer
nenhuma crítica às outras, neste momento, realmente, e eu acredito ser uma
Câmara bem composta, de todas as Bancadas. Eu não vou, aqui, fazer crítica a
nenhum dos Vereadores que, segunda-feira, por um motivo ou por outro,
resolveram retirar o quórum. Acho que estão no seu legítimo direito:
embasaram-se nos mandamentos do Regimento e resolveram fazer essa ação.
Mas
eu quero aproveitar esses momentos de Liderança, pelo meu Partido, para dizer,
Ver. Sebenelo - V. Exª que me orgulha muito como companheiro de Bancada -, que
eu tive a oportunidade de, segunda-feira, participar de um almoço no Leopoldina
Juvenil, a convite de uns amigos do Jornal do Comércio, na promoção “Melhores
Mulheres”. Eu acho que qualquer das Vereadoras aqui desta Casa poderia estar
presente lá nas “Melhores Mulheres”, recebendo o troféu entregue pelo Jornal do
Comércio. Mas eu fui lá por causa de um Projeto que eu gosto muito, Verª Sofia
Cavedon - V. Exª que já foi Secretária da Educação, inclusive já fiz questão de
relatar para V. Exª quando era Secretária -, liderado pela Professora Cleonice,
que foi homenageada pelo Jornal do Comércio, na última segunda-feira. Ela tem
uma atitude que chega imitar Platão, porque ela vai a campo. Ela criou um
Projeto chamado Amigos do Verde, que leva crianças, jovens, para conhecerem a
vegetação, o relevo, os cursos d’água da região. Isso mesmo, fazendo eles se
interessarem pelo habitat deles e fazendo com que eles possam se orgulhar do
local onde vivem. E mais ainda, fazendo com que eles se orgulhem da escola onde
eles estão inseridos. Esse Projeto, pela primeira vez, recebe um reconhecimento
de um órgão de imprensa, no caso o Jornal do Comércio, e eu acredito que isso, realmente,
pode servir de grande incentivo para a atual Secretária, para a Professora
Marilu. Quem sabe ela resolva fazer algo que me prometeu: tentar fazer com que
o Projeto Amigos do Verde pudesse também se instalar em outras escolas, para
que nós tivéssemos, aqui, uma rede de Amigos do Verde, principalmente nas
escolas que estão situadas nas periferias. Porque, afinal de contas, eu
acredito que essas crianças, esses alunos, esses jovens, mereceriam realmente
ter uma oportunidade melhor, de poder gostar da sua escola, de aprender melhor
o conteúdo daquilo que lhes é passado e, talvez, nós pudéssemos ter um amanhã
diferente do hoje, pois nós temos nas escolas da periferia, principalmente,
jovens que não conseguem se concentrar nos conteúdos, que infelizmente não aprendem suas
lições, e que, muitas vezes, passam pelas escolas mais para ter o lanche do
dia-a-dia, porque, na maioria das vezes, as famílias estão desestruturadas, com
vários problemas, e por isso mesmo os jovens, que estão nas escolas, não conseguem
a concentração que precisam ter.
Então, eu espero que o Projeto Amigos do Verde
possa realmente ser adotado pela Secretaria de Educação do nosso Município e
que nós possamos ter outras tantas escolas também com esta rede de Amigos do
Verde para valorizarem, sim, a nossa juventude.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Havendo
quórum, passamos à
(encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 1990/05 – VETO TOTAL ao PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N.
011/05, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que altera
dispositivos da Lei Complementar n. 197, de 21 de março de 1989 - ITBI -, e
alterações posteriores, e estabelece o parcelamento do imposto em até 12 frações
mensais e consecutivas.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Paulo Odone: pela manutenção do Veto Total.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art.
77, § 4º, da LOM;
-
votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
-
incluído na Ordem do Dia em 10-10-05.
Na
apreciação do Veto, vota-se o Projeto:
SIM
– aprova o Projeto, rejeita o Veto;
NÃO
– rejeita o Projeto, aceita o Veto.
-
Trigésimo dia: 14-10-05 (sexta-feira).
O SR. PRESIDENTE (Elói
Guimarães): Em votação o PLCL nº 011/05, com Veto Total. O
Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para encaminhar a votação.
O SR. CARLOS TODESCHINI: Sr.
Presidente, Ver. Elói Guimarães; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras,
público presente e assistência do Canal 16, venho aqui encaminhar, pela minha
Bancada, a rejeição do Veto por concordar com a idéia, o teor e objetivo do
Projeto. Creio que as argüições feitas pelo Executivo Municipal são
equivocadas, porque, entre outras coisas, foi dito – e lembro bem do Parecer –
que esse Projeto fere a Lei de Responsabilidade Fiscal. Não é verdadeiro, Verª
Margarete, porque o Projeto não prevê a isenção ou a diminuição de impostos, ao
contrário, o Projeto é um elemento e um instrumento de garantia de que as pessoas
possam pagar os impostos na integralidade, no caso das transações imobiliárias
e o respectivo recolhimento dos impostos.
Eu acho que o Governo se equivoca porque, talvez,
não tenha entendido a idéia do Projeto, que é muito boa, e falo disso também em
consonância, em acordo com o Ver. Bernardino Vendruscolo, autor do Projeto,
porque nesses dias eu estava aqui acompanhando uma Sessão Solene para os
corretores de imóveis e imobiliárias, e todos os trabalhadores, todos os
proprietários, empresários e microempresários que estavam aqui pediram apoio
para este Projeto.
E quero dizer mais: ao contrário do que foi dito em
outros momentos, que esse era um Projeto que interessava à oposição e que era
contrário ao Governo, este Projeto é tão bom que, quando a Frente Popular era
Governo, o então Vereador - hoje Deputado - Estilac Xavier apresentou um
Projeto de igual teor e conteúdo. Por quê? Porque isso viabiliza a
regularização de uma série, de um conjunto importantíssimo de contratos que,
muitas vezes, são feitos e passados de mãos em mãos, e as pessoas - por não
terem a disponibilidade do total dos recursos, e por não terem, às vezes,
condições de fazer um financiamento - não fazem a transferência dos imóveis.
Por isso eu digo que este é um Projeto positivo, é
um Projeto afirmativo, ele é bom para a Cidade, ele é ótimo para o Governo. E
não estou entendendo realmente quais as razões de o Governo não acatar com um
Projeto que vem ao encontro dos seus interesses.
Nós votamos aqui há poucos dias o Projeto do Refis,
um Projeto que veio do Executivo também, um Projeto bom, porque o Governo tem
que ter as melhores e todas as possibilidades de arrecadação. Este Projeto em
Pauta tem o mesmo objetivo, o mesmo conteúdo, e é de alto interesse, tanto da
classe empresarial, de quem cuida dos profissionais, das transações
imobiliárias, como também é de muito interesse das pessoas que querem
regularizar os seus imóveis.
Então, como votamos, aqui, no primeiro momento em
que esse Projeto foi aprovado e após enviado para o Executivo, a nossa Bancada
manterá o voto na mesma direção. Por quê? Porque o Projeto é bom para a Cidade,
o Projeto é bom para as empresas, o Projeto deve interessar ao Governo! Não estou
entendendo por que vetar o Projeto! Evidentemente que, talvez, não seja 100% daquilo
que o Governo queira, mas acredito que em 99%, ou mais, atenda aos objetivos do
Governo, da Cidade e das partes interessadas.
Então, nós estaremos aqui, como Bancada do Partido
dos Trabalhadores, votando pela rejeição do Veto. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O Ver. Luiz
Braz está com a palavra para encaminhar a votação do PLCL nº 011/05 com Veto
Total.
Eu quero dizer que, na minha Bancada, o Ver.
Sebenelo continua seguindo, inclusive, uma outra orientação, que é a de votar pela manutenção do Veto.
Eu, até pelo compromisso que tenho com a própria Comissão de Justiça e pelo meu
comportamento na Comissão de Justiça no passado, não posso realmente votar de
uma outra forma, a não ser acompanhando o Ver. Bernardino Vendruscolo, também
na tentativa de derrubar este Veto oposto pelo Sr. Prefeito Municipal.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Presidente,
apenas para fazer uma comunicação da Comissão de Finanças: nós escolhemos agora
a Relatora do Processo do Orçamento, é a Verª Maristela Maffei, que tem à sua
disposição toda a assessoria da nossa Comissão.
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Perfeito.
Feita a comunicação de que a Relatora do Orçamento é a Verª Maristela Maffei.
O
Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para encaminhar, como autor, a
votação do PLCL nº 011/05 com Veto Total.
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Obrigado,
Sr. Presidente. Levado pela orientação dos meus colegas, pedi para falar em
nome da Bancada, porque me foi permitido falar tanto pela Bancada como por autor.
Eu acho que hoje chegamos ao final desse primeiro momento - e talvez até do
último - do Projeto de nossa autoria. Eu vejo que nesta Casa os Vereadores que
tinham compromisso com o nosso Projeto aqui não estão. Dessa forma, parece-me
que nós não vamos conseguir derrubar o Veto, mas ficará a nossa mensagem de
coerência.
Quero
cumprimentar os Vereadores que votam nessa linha, especialmente o Ver. Luiz
Braz, que veio clarear, quem sabe lá, aqueles que não tinham uma certa clareza
a respeito da base legal do nosso Projeto, da legalidade do nosso Projeto, da
possibilidade de o Legislativo legislar sobre matéria tributária.
Eu
usarei o meu tempo para fazer um apelo ao Ver. Paulo Odone, à Verª Clênia
Maranhão, e dizer aquilo que já foi dito: nós tentamos construir o nosso
Projeto. Antes de protocolarmos, pela terceira vez nesta Casa, fomos levá-lo ao
Executivo. Deixamos cópia do Projeto, conversamos com a Fazenda, depois
concordamos em deixar para tratar do assunto depois do recesso. Todo o tempo
possível foi dado ao Executivo para que se construísse esse Projeto em
conjunto; infelizmente não foi possível.
E
é nesse sentido que eu faço um apelo, porque se temos um Projeto do Governo que
tramita na Casa - e sabemos que lei posterior revoga lei anterior - e atendendo
até uma orientação feita pelo Ver. Ibsen Pinheiro de que a Casa poderia aprovar
o nosso Projeto e depois atender ao Executivo, revogando-o, pois esse Projeto
do Executivo, na linha em que ele próprio diz, é mais abrangente -, mas eu
tenho as minhas restrições.
Quero
dizer que vou tomar o meu tempo para pedir votos e não para fazer crítica
àquele Projeto e dizer que o Projeto do Executivo chega ao limite de impor
multa de até 50% no pagamento do ITBI àqueles que não o fizerem quando de um
contrato particular. Vejam lá no artigo 21, vocês vão se dar conta disso. O
Executivo limita aos imóveis financiados até 58 mil reais, a partir daí é 3%.
Então, o Projeto do Executivo é mais abrangente, na medida em que ele tira
direitos do contribuinte, mas isso é um assunto para um segundo momento.
Eu
quero dizer a esta Casa que se nós não conseguirmos derrubar o Veto, não é este
Vereador que sairá derrotado, é esta Casa que sairá derrotada, Sr. Presidente
Ver. Elói Guimarães e Ver. Nereu D'Avila, porque nós vamos abrir um precedente:
de que nós não podemos legislar sobre matéria tributária e V. Exas. sabem que
não é verdade. Porque o Veto do Prefeito veio nesse sentido, dizendo que o
Projeto tem vício de origem. E aí nós vamos ficar a perguntar se o voto foi
político ou um voto de legalidade, atendendo àquilo que o Executivo disse, que
o nosso Projeto é ilegal, é improcedente. Então, temos de pensar sobre isso e é
nesse sentido que quero fazer novamente um apelo aos Vereadores para que
repensem. Chegamos até aqui, ainda temos uma possibilidade de derrubar o Veto e
temos uma possibilidade de, daqui a três ou quatro meses, estarmos legislando
em cima do Projeto do Governo. Eu não vejo por que não. Só que me parece
preocupante essa situação de um Vereador construir um Projeto e, de repente, o
Executivo vetar e apresentar um Projeto semelhante. Isso é algo que V. Exas.
devem refletir. Porque hoje está acontecendo comigo, ontem aconteceu com a Verª
Neuza - que infelizmente não está presente -, amanhã poderá ocorrer com qualquer
uma de V. Exas. Pensem nisso.
E
eu reforço o pedido para votarmos pela derrubada do Veto, especialmente às
Lideranças do Governo. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O
Ver. Paulo Odone está com a palavra para encaminhar a votação do PLCL nº 011/05
com Veto Total.
O
SR. PAULO ODONE: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, vou fazer um encaminhamento porque o assunto deste
Veto foi muito debatido aqui. Só que não contem comigo para dar mais razão a
uma queda de braço.
Não
é questão de uma queda de braço, pelo menos por parte do Governo, nem por parte
dos Vereadores da base do Governo, que estão solidários com a posição do
Prefeito, que foi, desde o início, de abertura, de composição. Se houve, no
setor técnico, mais demora para aprontar o Projeto que veio para Casa, é outra
questão.
Acontece
que, se nós estamos, nesta Casa, imbuídos e preocupados com os contratos de
gaveta, nós temos como construir isso de uma forma coerente, num tratamento
mais amplo através de um Projeto que o Governo disse, se comprometeu e mandou
para esta Casa, e que enseja que nós coloquemos dispositivos como esse do
Projeto votado dentro daquele Projeto geral. E se alguém está preocupado com o
Ver. Braz, a quem eu pediria um pouquinho de atenção, já que eu fui nominado e
corrigi que está se combatendo aqui a tese da questão do vício de origem, fique
tranqüilo. V. Exª está mal-informado. O Relator na Comissão de Constituição e
Justiça foi este Vereador aqui, e não há uma palavra sobre vício de origem.
Agora,
sobre a questão de Lei de Responsabilidade, demonstração dos efeitos que se
tem, sim, em parcelar 12 meses sobre o desempenho do Orçamento anual, porque
apanha um e outro ano, e esse não vem acompanhado; e outros vícios formais,
sim, estão apoiando. Nenhum é vício de origem! Não se preocupe porque V. Exa,
não precisa lutar contra a sua tese.
No
Parecer aprovado na Comissão, da lavra deste Relator, e, por maioria, aprovado na Casa,
não há nada. Se V. Exª vai votar só por isso, não precisa votar, Vereador,
porque essa tese não foi reconhecida pelo Relator e nem pela Comissão.
Então, estamos juntos, não precisa desse voto; ele
está corroborado e conhecido. Eu fiz assim muito claramente, porque não quero
defender a tese do vício de iniciativa por ser de iniciativa parlamentar.
Então, estamos juntos, se é por isso podemos votar juntos, como íamos até hoje.
O que eu quero dizer aqui é que ninguém está
fazendo queda, nem com a Verª Neuza, antes deste incidente, muito ao contrário.
Nós estamos numa posição, com o Executivo, de muito diálogo. Esse Projeto que -
eu nem tenho ele em mãos - vamos votar daqui a pouco, eu lhes digo: se há algum
dispositivo limitando isenção em 50% do que havia, não é a vontade do Prefeito.
Eu me comprometo que corrigiremos na hora, mas duvido que tenha; duvido que se
esteja reduzindo a vantagem que se dava aos contratos com financiamento. Se
houver, vamos corrigir, vamos emendá-lo, sim, e me tomem por companheiro para
não só subscrever, como defender também!
Então, nós podemos, tranqüilamente, sem isso ser
queda de braço, acatar o Veto do Prefeito. E esta Casa pode colocar,
serenamente, dentro do Projeto que está aqui, o que tiver que ser aperfeiçoado.
É um Projeto muito mais amplo, quase que dá anistia para alguns com imóvel de valor
pequeno - tentando fazer um processo de inclusão do pequeno contribuinte ou do
carente morador desta Cidade.
Então, não há queda de braço, não há nenhuma tese
política sendo posta em jogo, se há ou não iniciativa nossa. Há um convite para
que a gente faça esse consenso, de superarmos esse episódio e trabalharmos
juntos para aprimorar o Projeto do Governo que votaremos daqui alguns dias.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): A Verª
Maristela Maffei está com a palavra para encaminhar a votação do PLCL nº 011/05
com Veto Total.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores,
fiz questão de me pronunciar - sem entrar no mérito, até porque discutimos
bastante durante o processo de votação e votamos favoravelmente ao Projeto do
Ver. Bernardino -, para colocar aqui o contraditório.
Quando nós, da Frente Popular, por um conceito, por
uma discussão política, compreendíamos que tínhamos que ouvir a sociedade, e assim elaborarmos um
projeto, muitas vezes com o Executivo - e por isso essa sintonia -, mas muitas
vezes não apresentamos projetos, quando era dito aqui, pela oposição, agora
situação, que éramos uma Bancada “cabrestiada” - desculpem-me, senhores e
senhoras - pelo Governo.
Agora,
o que acontece aqui? Mas se não há vício de origem, se não foi dito, então é um
Veto político? Onde está a paridade naquele discurso que era dito aqui?
E
agora o companheiro da Bancada da base do Governo é, sim, boicotado, porque é
um Projeto bom, é um projeto que dá tranqüilamente para organizar e ser
aprovado.
Fiz
questão de vir aqui para demarcar essa situação, porque quando estão na
oposição, agem de uma forma; agora que estão na situação, entram num
contraditório que não tem lógica, é infundado e é vergonhoso, do meu ponto de
vista.
Portanto,
Ver. Bernardino, venho aqui para reafirmar a posição e estar junto com V. Exª,
mais uma vez, nesta votação. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): O
Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra, pelo seu Partido, o PMDB, para
encaminhar a votação do PLCL nº 011/05 com Veto Total.
O
SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO:
Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, Ver. Paulo Odone,
V. Exª lembra que há minutos, quando subi nesta tribuna, tive todo o cuidado
para não expor certas coisas que eu vou expor aqui, agora. V. Exª reconhece,
Ver. Paulo Odone, este documento? (Mostra documento.) V. Exa está muito longe e
não consegue enxergar, mas eu gostaria de mostrar para o nosso amigo da
TVCâmara que está aqui ao meu lado. Sabe o que é isso? Este é um documento, é
um esboço do futuro projeto do ITBI, Ver. Paulo Odone, que diz o seguinte:
“Principais alterações” - vamos ser breves - “Não-incidência tributária na cessão
de contrato de promessa de compra e venda que não seja registrado (...) nos
contratos particulares”. Peço a V. Exª que dê uma olhada no Projeto, no qual
consta a alteração do atual Projeto do Governo, artigo 25, que diz que,
em 30 dias, se o particular não registrar, há uma multa de 50%. E mais ainda,
Ver. Paulo Odone. Mostro aqui: (Mostra documento.) “Redução da alíquota”. Que
esse nosso discurso fique aqui e não gere uma inimizade. Não quero que V. Exª
me queira mal, mas eu sou obrigado a fazer essa defesa. O Projeto do Governo
aqui fala em redução de 0,5%, mas não diz que limitaria a 30 mil UFMs, hoje
esse valor corresponde a 58 mil reais.
Eu não quero que vocês pensem aquilo que eu estou
pensando, mas há um princípio na vida de cada um de nós. (Pausa.) Esse minuto
foi para que todos raciocinassem, pensassem o que eu poderia estar pensando,
porque eu vou respeitá-los. Quero elogiar o comportamento do Sr. Prefeito,
ontem à noite, quando me fez belos elogios lá no Canal 2; quero agradecer pela
sua gentileza, pela sua educação. Como sempre, o Prefeito Fogaça é um homem
gentil, é um homem que não merece crítica. Quero apenas dizer, pois eu devo ter
esquecido, mas eu não me lembro de ter acordado nada com ele nesse sentido. Eu
lembro, sim, que tenho tentado construir o meu Projeto, e lembro que concordei
com que esse Projeto retornasse depois do recesso, para que nós, então,
déssemos a oportunidade ao Executivo de construir nele o que entenderíamos
estar faltando. Foi nesta Casa, aqui discursamos, defendemos de um lado e de
outro e acordamos isso, e por que não aconteceu? O que me leva a pensar isso
tudo? Eu quero dizer, além da coerência e do respeito que qualquer cidadão tem
que ter com o outro, que vale a pena, sim, não desprezar Vereadores, ainda que
seja um só. Amanhã poderá ele fazer falta. Eu permaneço, sou homem da base do
Governo, e disse para o meu Líder, Ver. Sebastião Melo, quando me filiei ao
PMDB: “Nunca me peça para votar tributo, porque a sociedade está morrendo à míngua por causa dos
tributos, e, se nós sairmos derrotados do nosso Projeto, hoje, vamos tentar
construir o Projeto do Governo, e vou fazer de tudo que puder para que a
sociedade não saia prejudicada”, como estou fazendo no meu Projeto, dentro da
legalidade, da educação, porque aquilo que o Prefeito escreveu - porque é o
Prefeito que responde , não adianta dizer que é o Secretário - no Projeto do
Executivo, não é nada bom para a sociedade. Eu faço um apelo para que os Srs.
Vereadores observem que ele muito mais tira do que dá, e não é isso que a
população de Porto Alegre espera do Prefeito, nem de cada um de nós. Eu serei
fiel sempre aos projetos do Executivo, Verª Clênia Maranhão, sempre, sempre,
sempre, mas com coerência. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Elói Guimarães): Não
há mais Bancadas para encaminhar. Em votação nominal o PLCL nº 011/05. (Após a
apuração nominal.) REJEITADO por 14 votos SIM, 16 votos NÃO,
01 ABSTENÇÃO. Mantido o Veto.
Agora nós vamos convidar o Presidente da Comissão de
Constituição e Justiça, Ver. Ibsen Pinheiro, para dar seqüência a Reunião
Conjunta das Comissões, em face do pedido de vista na última reunião da
Comissão Conjunta das Comissões.
Estão
suspensos os trabalhos da Sessão Ordinária.
(Suspendem-se
os trabalhos às 18h27min.)
O
SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel – às 19h24min): Estão reabertos os trabalhos. Encerrada a
pauta de votação da Ordem do Dia, elaborada por acordo entre as Bancadas.
Estão
encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 19h25min.)
*
* * * *